Política

Funcionários do Banco Mundial mostram revolta com indicação de Weintraub

Indicação do ex-ministro foi feita pelo governo brasileiro, mas depende da aprovação das lideranças dos demais países que atuam com o Brasil

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A indicação do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, a um cargo de diretoria-executiva dentro do Banco Mundial revoltou os funcionários da instituição. Uma reportagem do O Globo revelou trocas de mensagens feitas em uma plataforma interna do banco.

Segundo a apuração, um funcionário escreveu: “Não há outro lugar para Weintraub que não seja a cadeia. Ele é um fugitivo e o Banco Mundial não pode ser um refúgio para fanatismo, intolerância e racismo”, escreveu um funcionário se referindo à saída de Weintraub do Brasil no momento em que é investigado no inquérito das fake news pelo STF, bem como à sua postura de afirmar que a China se beneficiou do coronavírus.

“Caso o governo brasileiro deseje manter a nomeação, deveria pagar o salário e benefícios dele. Não nós!”, comentou um outro funcionário.

A equipe ainda questionou a credibilidade do Banco Mundial caso a nomeação seja aceita. “Que mensagem o Banco Mundial estará emitindo, quando se fala em valores, ética e integridade, ao aceitar alguém que escapou de uma investigação da Suprema Corte em seu país natal?”, alegou um membro da instituição, que ganhou apoio de um colega.

“É uma grande vergonha para a nossa organização e um insulto para todo mundo que está trabalhando duro para um mundo melhor”.

Esta semana funcionários da instituição enviaram uma carta ao Conselho de Ética do Banco Mundial pedindo a suspensão da nomeação de Abraham Weintraub à instituição.

A nomeação efetiva do ex-ministro depende da aprovação de lideranças dos demais países que dividem a cadeira com o Brasil na instituição: Colômbia, Equador, Trinidad e Tobago, Filipinas, Suriname, Haiti, República Dominicana e Panamá.

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