Política

Funcionário demitido da Abin pode ter apagado dados, diz Ramagem

Em vídeo, ex-diretor da Abin diz ser “perseguido” por acusações envolvendo suspeitas de monitoramento ilegal

Carlos Bolsonaro era o chefe político, diz a PF. Ramagem (acima), o gestor da bisbilhotagem – Imagem: Pablo Valadares/Ag. Câmara
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL) publicou um vídeo nas redes sociais, neste sábado 3, em que afirma que um funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pode ter apagado os registros de monitoramento feitos por meio do programa First Mile. 

Segundo o parlamentar, em sua gestão do como ex-diretor da agência, foi feito um “pente limpo” na Abin e que agora ele está sendo “perseguido” indevidamente por ter seu nome envolvido na suposta operação de uma “Abin paralela”. 

No vídeo, Ramagem afirma que em sua gestão foram criados mecanismos para garantir que o uso da ferramenta atendesse aos limites legais.

Uma auditoria teria apontado irregularidades nos monitoramentos realizados pelo programa First Mile, o que ocasionou na não renovação do contrato do sistema, assim como na demissão do diretor de operação da Abin, em agosto de 2021. 

O deputado disse que o funcionário demitido por ele voltou à Abin na gestão Lula (PT) em uma posição hierarquicamente superior à que ocupava anteriormente. Ele seria o suspeito de apagar os registros.

Entre 2019 e 2021, o órgão de inteligência teria sido cooptado por pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para monitorar ilegalmente adversário políticos e aliados. 

As informações colhidas, assim como dossiês criados contra inimigos do ex-presidente, teriam sido encaminhadas a pessoas próximas ao ex-capitão. 

Segundo as investigações, as informações colhidas por meio do monitoramento ilegal também teriam sido usadas para beneficiar os filhos de Bolsonaro, investigados em inquéritos que apuram a ocorrência de rachadinha em seus gabinetes. 

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