Política

Freixo: ‘Não tenho dúvida de que Bolsonaro não vai aceitar derrota. Vamos ter uma eleição violenta’

Em entrevista, o pré-candidato ao governo do Rio traz um panorama dos possíveis rumos para a esquerda na disputa eleitoral no estado, que é o leito do bolsonarismo

Foto: Reprodução
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Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSB, o deputado federal Marcelo Freixo avaliou, em entrevista ao canal de CartaCapital no Youtube nesta sexta-feira 8, que a polarização acentuada nas eleições de 2022 torna a disputa ainda mais violenta do que o normal. O parlamentar analisa que uma vitória progressista em primeiro turno, tanto na disputa nacional quanto na estadual, poderia amenizar esse cenário. 

“Agora no Rio de Janeiro nós tivemos uma bomba jogada. Nós vamos ter uma eleição violenta, marcada pela ilegalidade, pela ameaça e pelo medo”, disse Freixo em relação ao artefato lançado durante o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Cinelândia, no centro do Rio, na quinta-feira 7.

Na entrevista, concedida ao repórter André Barrocal no programa Poder em Pauta, o deputado destacou que a disputa ‘vai ser apertada’, mas ponderou que as alianças feitas entre os partidos de esquerda têm força para dialogar com o eleitorado, sobretudo no estado do Rio.

Para Freixo, “a postura do Bolsonaro vai ser condizente com o que ele foi a vida inteira. Ele nunca teve apreço pela democracia, nunca teve apreço pelas regras democráticas, sempre defendeu a tortura e sempre defendeu a ditadura.” 

E complementa: “Daí a importância de a vitória no primeiro turno ser muito contundente […] Eu acho que o tamanho da derrota do Bolsonaro é mais importante do que o tamanho da vitória do Lula. Se ele perde o primeiro turno de forma acachapante diminui muito sua capacidade de criar qualquer instabilidade”.

Na quinta 7, Lula confirmou na Cinelândia o apoio a Freixo. Sobre a concretização da aliança, o deputado afirma que “temos uma candidatura que pela primeira vez na história conseguiu unificar boa parte da esquerda”. Além disso, segundo ele, “temos a capacidade de dialogar com o centro e com setores do centro que estão na sociedade: empresários, economistas e investidores”.

O desafio para o próximo governo, avalia Freixo, é lidar com a inconstitucionalidade no Parlamento. “Nós vamos ter uma extrema-direita organizada, e não estará organizada dentro das regras democráticas. Como eu disse antes, a extrema-direita brasileira não cabe a um partido, então ela não se submete às regras democráticas e aos limites que ela impõe. Vamos ter uma extrema-direita organizada, ativa, representativa, contra não só o governo Lula, mas contra a democracia, permanentemente.” 

Na entrevista, o pré-candidato ao governo no RJ também comentou o impasse entre Alessandro Molon (PSB) e André Ceciliano (PT) para a disputa ao Senado e a articulação de chapa com o ex-vereador e ex-prefeito do Rio Cesar Maia (PSDB) para o posto de vice-governador.

Confira a íntegra da entrevista: 

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