Política

Freixo: Eleições de 2022 são as mais importantes, pois podem ser as últimas

Deputado filiou-se ao PSB ao lado do governador Flávio Dino que, mais uma vez, pregou a importância de uma Frente Ampla

Freixo: Eleições de 2022 são as mais importantes, pois podem ser as últimas
Freixo: Eleições de 2022 são as mais importantes, pois podem ser as últimas
Marcelo Freixo, Flávio Dino e Carlos Siqueira, presidente do PSB, na filiação do deputado e do governador ao partido (Foto: Reprodução/Twitter PSB)
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O deputado federal Marcelo Freixo e o governador do Maranhão Flávio Dino foram oficialmente filiados ao PSB nesta terça-feira 22, em um evento que fez alusão à autorreforma dentro do partido, à construção da chamada Frente Ampla da esquerda e à necessidade de vencer as Eleições 2022 tanto com os quadros planejados pelo partido quanto pelo apoio a projetos que antagonizem ao presidente Jair Bolsonaro.

Freixo é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, enquanto Dino, apesar de não descartar um convite à vice-presidência em uma chapa com Lula (PT), tem uma vaga no Senado como foco. Além dos dois, também foi filiado o ex-deputado Givaldo Vieira, atual diretor-geral do Detran do Espírito Santo. Ele deixou o PCdoB e tentará ingressar novamente no Congresso Nacional em 2022.

O evento aconteceu presencialmente na sede da Fundação João Mangabeira (FJM), organização de formação política ligada ao partido, em Brasília. Estavam presentes os principais nomes partidários do PSB, como o presidente Carlos Siqueira; o governador de Pernambuco, Paulo Câmara; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (RJ), entre outros.

Siqueira destacou a construção de uma “frente amplíssima de esquerda” com uma “perspectiva de autorreforma” dentro do PSB, visando tanto a eleição presidencial em 2022 como novos espaços nos executivos estaduais. “Que você possa resgatar o Rio de Janeiro das milícias bolsonaristas e do crime organizado”, disse a Freixo.

O deputado, por sua vez, afirmou que as eleições de 2022 não são apenas “as mais importantes da história”, mas podem “ser as últimas”. “Não é dramático o que estou dizendo. A gente precisa admitir o tamanho desse risco e o tamanho da nossa responsabilidade”, argumentou.

Para ele, a disputa no Rio de Janeiro, definida como a “civilização contra a barbárie”, também é ilustrativa por ter sido no estado o local que Bolsonaro e seus filhos conseguiram construir seu projeto político.

“É uma luta contra o crime organizado que arranca do Rio de Janeiro a possibilidade de ser um lugar feliz. Não é à toa que no foi lá que se construiu esse mal maior que se espalhou pelo Brasil”, afirmou. “É um plebiscito entre aqueles que querem a continuidade da democracia e um projeto de extermínio popular, de destruição da nação. Não podemos cometer erros”.

Freixo anunciou sua saída do PSOL em 11 de junho e logo confirmou que se filiaria ao PSB. Já o governador do Maranhão deixou o PCdoB na última quinta-feira 17 e, em seguida, também cravou a ida ao partido.

A filiação conjunta de dois nomes fortes da esquerda, presentes no Congresso e no Poder Executivo, que anteriormente estavam em partidos de oposição de menor porte em relação a PT e ao próprio PSB, tem sido apontada como indício da construção mais robusta de coalizão de esquerda contra candidatos da direita em 2022, em especial do bolsonarismo.

Com o ex-presidente Lula despontando até o momento como o principal antagonista de Bolsonaro na disputa, a menção ao petismo na corrida eleitoral foi lembrada mais enfaticamente no discurso de Flávio Dino, que já declarou apoiar a nova campanha de Lula.

Para o governador maranhense, o partido terá o desafio de conversar de lulopetistas a liberais progressistas, mas deve também focar em abarcar ao projeto político “sobretudo aqueles que não tem opinião política”.

“A conjuntura não comporta uma abordagem narcisista, a celebração das nossas virtudes, isso conhecemos. O que a conjuntura exige é que consigamos juntar, unir, quebrar preconceitos, para que a democracia prevaleça”, discursou. “Teremos debates difíceis pela frente”.

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