Política

Flávio pressiona por bolsonarista como vice na chapa de governador do Rio

Auxiliares de Cláudio Castro, no entanto, defendem nome mais alinhado ao centro

Em pronunciamento, o senador Flávio Bolsonaro. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
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Presente na comemoração do aniversário do governador Cláudio Castro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tinha outra missão no evento, além de desejar felicidades àquele que definiu como “um grande amigo”. No local, ele reforçou a vontade de ver um vice bolsonarista na chapa encabeçada pelo correligionário, que busca a reeleição. O desejo de Flávio já tinha sido externado às equipes política e de marketing do governador, que apostavam em um nome mais ligado ao centro, como forma de vender uma imagem “ponderada” de Castro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia que o Rio, por ser o berço do bolsonarismo, não é lugar para que o partido abra mão de uma chapa “puro-sangue” e deseja mais um nome da legenda no palanque que já conta com Castro e com o senador Romário (PL-RJ), que também tenta se manter no cargo.

Como alternativa, integrantes da equipe política de Castro tentam encontrar um nome que “amplie” a coligação formada em torno do chefe do Executivo fluminense. Bolsonaristas filiados ao PTB e ao União Brasil serão apresentados como alternativas para tentar conquistar o eleitorado no interior do estado e na Baixada Fluminense. Até o momento, Flávio mostra-se irredutível.

O assunto dominou as rodas de conversas na celebração na noite da última terça-feira, até que Castro chegasse ao local. Embora o aniversário fosse do governador, Flávio monopolizou os olhares e ouviu vários questionamentos sobre o nome tido como “vice ideal”. Cercado por assessores e seguranças, vestido de blazer e fumando um cigarro eletrônico, ele se recusou a responder à imprensa quem preencheria este perfil.

Prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB) fez questão de posar ao lado de Castro e Flávio, assim como o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). Reis chegou a ser convidado para vice, mas gostaria de concorrer ao Senado e ainda enfrenta problemas com a Justiça Eleitoral. Outra opção, o prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa (PP), declinou da convocação.

A aproximação de Castro a nomes ligados à esquerda e ao centro, como o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), tem incomodado bolsonaristas de primeira hora. Castro também participou, na última semana, de um evento do Avante, ao lado do pré-candidato à Presidência da República André Janones, o que revoltou a família Bolsonaro.

 

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