Política

Flávio e Carlos Bolsonaro pagaram dívida de R$ 31 mil com dinheiro vivo

Ato visto como suspeito na investigação das rachadinhas foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. Irmãos negam irregularidades

Flávio e Carlos Bolsonaro pagaram dívida de R$ 31 mil com dinheiro vivo
Flávio e Carlos Bolsonaro pagaram dívida de R$ 31 mil com dinheiro vivo
O clã Bolsonaro. (Foto: Roberto Jayme/ASCOM)
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Os irmãos Carlos e Flávio Bolsonaro teriam pago uma dívida de 31 mil reais a uma corretora de investimentos em dinheiro vivo em 2009, período abarcado na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a prática de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). A informação foi divulgada na noite de quinta-feira 12 pelo jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a reportagem, o pagamento foi feito após ambos perderem uma ação que moveram contra o Citigroup, que comprou a corretora Intra, acusada de realizar investimentos em desacordo com as orientações dos irmãos. Na época, Carlos possuía investimentos na casa dos 130 mil e Flávio, 90 mil reais.

Após perderem em primeira instância, eles realizaram o pagamento de duas dívidas na casa de 15,5 mil em dinheiro vivo. O jornal aponta que a defesa de Flávio explicou o movimento como uma “preocupação” do senador em não ficar negativado. O pagamento teria sido feito em sua casa, em Botafogo, Rio de Janeiro.

A utilização de dinheiro em espécie é um dos pontos de investigação do MP-RJ, que se debruça sobre o caso das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro. A prática seria consolidada pelo assessor do então deputado estadual na época, Fabrício Queiroz, que confiscava cerca de 40% dos pagamentos dos funcionários de Flávio na Alerj para repassar verbas aos envolvidos no esquema. O filho do presidente também seria beneficiado diretamente do esquema, apesar de negar.

Em nota conjunta, os irmãos afirmaram ao jornal que “não houve qualquer irregularidade na forma de pagamento à corretora” e que todas as contas foram prestadas corretamente. Ainda buscaram desvincular os pagamentos e seu registro na Justiça aos casos investigados hoje. “Misturar esse processo com outros assuntos é um erro. Apenas alimenta ilações fantasiosas e incentiva a campanha de perseguição promovida contra a família Bolsonaro”, declararam.

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