Flávio Dino crava: Lula vence em 2022 no 1º ou no 2º turno

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) estar fora de um segundo turno em 2022 é praticamente zero. Para ele, o petista tem chances de levar o pleito ainda no primeiro turno.

Dino vê com bons olhos o surgimento de uma terceira via, mas, para ele, nenhum nome se destaca no pelotão até o momento.

“Lula estará no segundo turno, se houver segundo turno. A minha dúvida é se o Bolsonaro estará porque há espaço para a chamada terceira via desde que ela se apresente como algo afirmativo. Não basta uma suposta terceira via dizer que não é Lula nem Bolsonaro, isso é muito pouco para motivar os eleitores”, disse em entrevista à revista Exame.

“[A terceira via] não tem identidade, não tem programa e não tem líderes claros. Caso a terceira via permaneça assim, o segundo turno vai ser entre Lula e Bolsonaro”, acrescentou.

De acordo com o governador, sem um nome forte que se oponha aos polos apresentados hoje, não há como ‘arrancar votos’ de Lula.

“Além de não ter programa, hoje a terceira via não tem um rosto. No mundo todo, embora os partidos possam ter maior ou menor importância, o indivíduo tem um papel muito alto”, destaca. “A figura de Lula tem muita força. O ‘lulismo’ no século 21 está como o varguismo, do ex-presidente Getúlio Vargas, esteve para o país no século 20. […] Você pode cravar sem medo de errar que Lula ganha no primeiro turno ou no segundo”, garante.

Dino ainda explica que em 2022, com Jair Bolsonaro cada vez mais isolado politicamente e desidratado em popularidade, Lula deverá ter diversos partidos ao seu lado para corrida eleitoral.

“Já comecei a ver gente do Centrão que defendia o Bolsonaro fazer agora cara de paisagem. Acho que uma pequena parte do Centrão fica com Bolsonaro, uma parte vai para terceira via e uma parte vai com Lula”, detalha.

O governador, que será candidato ao Senado Federal em 22, não se mostrou esperançoso com uma melhora econômica do Brasil enquanto Bolsonaro seguir no Poder. Para ele, o atual presidente comprovou que ‘não entende nada’, como já dizia na eleição em 2018.

“Em um cenário de desemprego alto e inflação, o governo teria que agir, mas não age. O governo é um cercadinho com uma live e um aglomerado de molecagem. Aos olhos do mundo, o Brasil saiu do conjunto de países a ser levado a sério. Agora, é visto como uma coisa caricata”, pontua.