Política

Flávio Bolsonaro e mulher são intimados a depor em investigação sobre rachadinha

Fernanda foi convocada a depor ao Ministério Público do Rio na segunda, 6 de julho, e o senador na segunda ou terça, conforme sua escolha

O senador Flávio Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) intimou, nesta quinta-feira 1, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a sua esposa, Fernanda Figueira, para deporem na investigação sobre a possível prática de rachadinha em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A convocação partiu do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc).

Fernanda foi convocada a depor na segunda-feira 6 de julho e Flávio na segunda ou terça, conforme a sua escolha.

O Gaecc vinha investigando possíveis práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio desde março do ano passado. Na semana passada, no entanto, O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) decidiu dar foro especial para o senador e enviar o caso para a segunda instância. Com isso, o titular da investigação se tornou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.

No entanto, para que o Gaecc pudesse ficar á frente das investigação, a procuradoria-geral de Justiça formalizou um termo de cooperação do grupo de promotores com o procurador-geral. A defesa de Flávio Bolsonaro criticou a convocação, citando que a atribuição seria apenas de Gussem.

Em nota, o Ministério Público afirmou que a medida não descumpre a decisão do TJ com a mudança de foro. “O GAECC/MPRJ, nos mesmos moldes das Forças-Tarefas de diversos ramos do Ministério Público, atua em auxílio ao Promotor Natural que, no caso, por conta do decidido pela Terceira Câmara do Tribunal de Justiça, passou a ser o Procurador-Geral de Justiça. Diante disso, as investigações seguem seu curso normal, sem paralisações desnecessárias por conta de mudanças de competência jurisdicional.”

Também em nota, a defesa de Flávio Bolsonaro disse que “causa espanto à defesa que o Grupo de atuação especializada de combate à corrupção (Gaecc) insista em colher o depoimento dos investigados”.

A investigação contra Flávio Bolsonaro no caso da rachadinha começou após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter identificado uma movimentação suspeita de 1,2 milhão de reais na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O ex-assessor Fabrício Queiroz foi preso no último dia 18 de junho.

De acordo com o relatório, diversos saques e depósitos em dinheiro vivo foram feitos na conta de Queiroz em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Rio. O PM chegou a admitir que recolhia parte do salário de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro para contratar “assessores informais”.

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