Política

“Fiz um relato histórico de uma série de situações”, diz Moro sobre depoimento à PF

Reportagem da revista Veja afirma que Moro disse a interlocutores que o ‘depoimento foi longo, mas tranquilo’

“Fiz um relato histórico de uma série de situações”, diz Moro sobre depoimento à PF
“Fiz um relato histórico de uma série de situações”, diz Moro sobre depoimento à PF
Sérgio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Apoie Siga-nos no

O ex-ministro Sérgio Moro declarou ter apresentado provas materiais sobre as acusações que fez contra o presidente Jair Bolsonaro. Uma reportagem publicada pela revista Veja neste domingo 3 afirma que Moro teria dito a seus interlocutores que “o depoimento foi longo, mas tranquilo”.

“Foi um depoimento longo, mas tranquilo. Fiz um relato histórico de uma série de situações”, traz a reportagem.

O depoimento de Moro à Polícia Federal na sede, em Curitiba, durou cerca de oito horas. A oitiva foi marcada depois que o ministro Celso de Mello deu cinco dias de prazo para a corporação ouvi-lo. Ao anunciar a sua demissão do cargo de ministro da Justiça, Moro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tentava exercer influência política sobre a Polícia Federal e suas investigações, por interesse pessoal.

Neste domingo 3, Moro usou suas redes sociais para publicar a seguinte mensagem: “Há lealdades maiores do que as pessoais”, o que aumenta a expectativa sobre o teor de seu depoimento. A declaração ganha o tom de resposta ao presidente Jair Bolsonaro que, no sábado, antes de sua ida à Polícia Federal o chamou de “judas”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro também usou suas redes sociais para atacar o ex-ministro e chamá-lo de “espião”. Ele ainda colocou em xeque a imparcialidade do depoimento, alegando que Moro estaria em torno de delegados amigos, “para ver se acham algo contra Bolsonaro”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo