Filho de Bolsonaro deixa metaverso ‘de direita’ após criptomoeda do projeto despencar

Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), abandonou o cargo de embaixador e sócio do Myla, um metaverso ‘de direita’ responsável pela criação de uma criptomoeda e de um jogo que tem o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, como alvo.

O anúncio foi feito no grupo de Telegram do projeto pelo advogado Maciel Carvalho, que representa Renan, após a criptomoeda despencar em valor de mercado. Os detalhes do rompimento foram divulgados pelo site Portal do Bitcoin.

“Estou passando para informar o desligamento do Sr. Renan Bolsonaro do Myla Metaverse. A partir do dia de hoje. Boa sorte a todos”, escreveu Carvalho.

O “04” oficializou a saída do empreendimento nas redes sociais. Por meio de uma nota publicada no Instagram, ele alegou ter abandonado o projeto por “divergências contratuais”.

Renan buscou influenciar seguidores a investirem no Myla e a participarem da oferta inicial da moeda. O principal ativo do projeto é um jogo que simula um combate político entre personagens considerados “do bem”, inimigos do time “vermelho” e o “vilão” Alexandre de Moraes.

Em 17 de novembro, Renan publicou um vídeo no Instagram em que fez propaganda do Myla e o apresentou como “uma ótima oportunidade para mudar de vida”. Todas as postagens sobre o projeto, porém, foram excluídas no dia 29.

Segundo o Portal do Bitcoin, o agora ex-embaixador do projeto fez o Myla arrecadar 266 mil reais por meio da venda de tokens em apenas 24 horas.