O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto Heleno, afirmou que as filas do INSS serão resolvidas até o mês de outubro deste ano. Em entrevista à rádio CBN nesta quarta-feira 29, Heleno defendeu que a decisão de utilizar militares da reserva para diminuir a fila mostra a preocupação do governo com a situação da seguridade social.
“Há medidas burocráticas que podem ser facilmente aprendidas”, disse o ministro, que ponderou que chamar novos servidores públicos para atuar no INSS contraria a intenção do ministério da Economia de reduzir o número de concursados. Heleno disse também que “há possibilidade de antecipar a solução dos problemas se houver jato de impulsão na solução do problema”, segundo o ministro.
Nos últimos dias, o órgão esteve no centro das atenções por conta da extensa fila de beneficiários que não conseguem a liberação de seus direitos. Atualmente, a fila de espera é de 1,3 milhão de solicitações de benefício que ficaram sem análise, mesmo após o prazo legal de 45 dias ter sido ultrapassado.
Em 14 de janeiro, o governo anunciou um conjunto de medidas para diminuir a demanda, como a seleção de sete mil militares da reserva, a restrição de cessões de servidores a outros órgãos e a simplificação da burocracia.
A ideia de reforçar o atendimento com militares era liberar os servidores para se dedicarem à análise dos requerimentos. No entanto, em 23 de janeiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou inconstitucionalidade em restringir a possibilidade de contratação aos militares, pois, segundo o órgão, a medida criaria “reserva de mercado”.
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