Fiesp/ O golpe do pato

Josué Gomes resgatou o papel da federação das indústrias e acabou deposto

Sob o comando de Paulo Skaf, a entidade flertou com o golpismo - Imagem: Rovena Rosa/ABR

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A turma do pato amarelo que, sob o comando de Paulo Skaf, tumultuou por meses a Avenida Paulista diante da sede da Fiesp e o ambiente político do País, no início contra aumentos de impostos e depois pela deposição de Dilma Rousseff, voltou ao poder, ao menos por enquanto. Na segunda-feira 16, o presidente Josué Gomes, representativo do capitalismo avançado no País, foi destituído em uma assembleia por dirigentes de sindicatos empresariais economicamente pouco expressivos, e com métodos no mínimo discutíveis.

Segundo Miguel Reale Jr., advogado de Gomes, “a destituição foi totalmente ilegal, um golpe” e será derrubada na Justiça. Já o economista Antonio Corrêa de Lacerda, integrante do Conselho da Fiesp até dezembro, quando passou a integrar a equipe de transição do governo, classifica a deposição como “lamentável, um golpe, uma fake news total, que não se sustenta de forma regimental e legal, uma patacoada”.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 21 de janeiro de 2023 03h12
Essa gente canalha da Fiesp parece que não quer a reindustrialização do país. A FIESP tornou-se uma uma entidade cartorial a serviço dos industriais sem indústria, pois a representatividade que tinha perante a indústria é bem menor que tempos atrás. Na verdade esses conselheiros que destituíram o empresário Josué Gomes Alencar não passam de investidores da Bolsa de Valores e perderam o tino empresarial da Indústria. Não é a toa que o Brasil se desindustrializou desde a década de 80, por causa dessa turma. Quando aparece alguém que vem moralizar a entidade e compor um governo que quer gerar empregos e investimentos através do capitalismo industrial, vem esses seguidores de um Paulo Guedes e Bolsonaro e sacrificam aquele que deseja a reconstrução do país pós- Bolsonaro. eles são piores que o Mário Amato. O que diria da atual Fiesp um tal Barão de Mauá ou Antônio Ermírio de Moraes se vissem isso. No início protestaram e torceram o nariz porque Josué Gomes, como presidente da Fiesp, assinou a carta pela democracia num ato simbólico contra as tramoias antidemocráticas do bolsonarismo. Agora querem expurga-lo da presidência. O advogado Miguel Reali Jr tem que aprender que essas pessoas são danosas para o país e para a democracia, ele que foi um dos signatários da petição do impeachment de Dilma Rousseff, pois é, o Pato amarelo voltou a atacar e com muito ressentimento pela derrota do ex capitão.

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