Política
FHC defende recontagem de votos na Venezuela
Um dia após os Estados Unidos dizerem que ainda não havia condições de se reconhecer Nicolas Maduro como o novo presidente da Venezuela e pedir uma recontagem de votos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso endossou hoje o coro da desconfiança com o resultado da eleição: […]
Um dia após os Estados Unidos dizerem que ainda não havia condições de se reconhecer Nicolas Maduro como o novo presidente da Venezuela e pedir uma recontagem de votos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso endossou hoje o coro da desconfiança com o resultado da eleição: “Se é verdade, que se demonstre”, disse o presidente de honra do PSDB aos jornalistas presentes, entre eles o portal 247, que noticiou as declarações aqui reproduzidas. “Vejo que a situação na Venezuela requer um processo de pacificação, as coisas estão crispadas por lá. Se estão pedindo a recontagem, é sempre melhor atender”. FHC falou após um seminário sobre liderança na América Latina, que aconteceu no instituto que leva seu nome.
Outro tucano do alto clero presente, o ex-ministro Celso Lafer, foi além: “O Brasil deveria ter esperado mais para reconhecer a vitória de Maduro; pelo menos até que as coisas se aclarassem para que pudesse ser tomada uma posição com todos os elementos na mão”. Também no Instituto FHC, o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos Rubens Barbosa seguiu na mesma toada: “No Brasil, resultados de urnas eletrônicas levam entre cinco e seis horas para serem divulgados. Lá, isso aconteceu em meia hora. É estranho. Uma recontagem é um fato natural nessas circunstâncias”.
A vantagem de Nicolas Maduro sobre o opositor Henrique Capriles foi de 272.865 votos. O resultado final das eleições de domingo foram de 50,78% dos votos para Maduro contra 48,95% do seu adversário. As eleições presidenciais no país vizinho aconteceram um mês após a morte de Hugo Chávez, que havia apontado Maduro como seu herdeiro político.
O governo brasileiro reconheceu a vitória de Maduro, bem como os governos da Argentina, Equador e da Bolívia, entre outros, além da OEA, Organização dos Estados Americanos.
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