Política

Feliciano manda governo não interferir na “cura gay”

Presidente da Comissão de Direitos Humanos diz que ação do Executivo contra o projeto é “perigosa”, pois Dilma precisará do apoio dos evangélicos para se reeleger

Marco Feliciano disse que uma eventual interferência do Executivo no Legislativo no projeto da "cura gay" é “perigosa”
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O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), subiu o tom e ameaçou o governo nesta quarta-feira 19. O pastor alertou que uma interferência do Executivo no projeto de decreto legislativo da “cura gay” seria “perigoso”, pois 2014 é um ano eleitoral e a presidenta Dilma Rousseff (PT) precisará do apoio dos evangélicos para se reeleger. O grupo é um dos que apoiam a medida.

O texto do deputado João Campos (PSDB-GO), aprovado na terça-feira 18 pela CDHM, em votação simbólica, autoriza os profissionais da área de Psicologia a participar de terapia para alterar a orientação sexual de um cliente e atribuir caráter patológico (de doença) à homossexualidade. Atualmente, o Conselho Federal de Psicologia veta este tipo de análise.

A proposta ainda precisa ser votada pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça (CCJ), mas a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou na terça que vai trabalhar para evitar a aprovação.

Em resposta à ministra, Feliciano disse que Rosário deveria “tomar cuidado”. “Acho que ela está mexendo onde não devia. Senhora ministra, juízo. Fale com a sua presidenta [Dilma Rousseff] porque o ano que vem é político”, ironizou Feliciano.

“Dona ministra Maria do Rosário, dizer que o governo vai interferir no Legislativo é muito perigoso. É perigoso, dona ministra, principalmente, porque ela mexe com a bancada inteira, feita não só por religiosos”, acrescentou Feliciano antes do início de audiência pública na CDHM.

Protestos no Brasil

Perguntado sobre as críticas que vem recebendo em manifestações espalhadas pelo País, Feliciano preferiu não responder e disse que abrirá espaço na comissão para ouvir as reivindicações de minorias como os negros e índios. “Essas minorias têm que ser ouvidas nesta Casa. São brasileiros de verdade, herdeiros das pessoas que foram escravizadas no país. A situação deles não é enxergada pelo governo como deveria ser. Como a situação dos índios.”

Com informações Agência Brasil

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