Política

Fayda Belo sobre Bolsonaro: ‘É triste ver o mais alto cargo não abraçar grupos que sofrem desde sempre’

A advogada e influenciadora contou a CartaCapital sobre a sua trajetória como defensora dos direitos humanos

Fayda Belo, advogada e influenciadora. Foto: Divulgação
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Advogada especialista em crimes de gênero e direito antidiscriminatório, Fayda Belo ganhou popularidade nas redes sociais por explicar, didaticamente, diversas práticas tipificadas como crime contra grupos vulneráveis.

A ideia, segundo ela, é facilitar que mulheres, pessoas negras e membros da comunidade LGBT+ reconheçam quando são vítimas de um crime e saibam a quem recorrer.

Em entrevista a CartaCapital nesta segunda-feira 4, Belo contou sobre a sua trajetória como influenciadora e a sua relação pessoal com determinadas pautas.

Como mulher negra e mãe solo, ela diz que desde muito cedo tinha o sonho de ser advogada criminalista e ajudar pessoas em situações de vulnerabilidade.

“Todo mundo tem o direito de conhecer as leis e saber se foi vítima de um crime.”

Belo diz que, no exercício de sua profissão, percebe um aumento na frequência de casos de opressão contra minorias sociais. Ela afirma ter notado que, nos últimos anos, “cresceu o discurso de ódio contra as minorias” e que, cada dia mais, homofóbicos, racistas e misóginos criam coragem para praticar crimes.

Para a advogada, o crescimento desses casos está ligado ao atual contexto político.

Ela defende a reflexão sobre esses temas na hora do voto deste ano, não só ao escolher o candidato à Presidência da República, mas também na opção pelos parlamentares.

“É muito triste ver o nosso mais alto cargo não abraçar grupos que sofrem desde sempre”, declarou ela, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “E o Brasil não tem uma única lei que protege a comunidade LGBTQIA+. Isso é resultado do Congresso homofóbico que a gente elegeu.”

A entrevista está disponível na íntegra no Instagram de CartaCapital.

 

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