Política

Fase de “recomendações” sobre coronavírus pode passar para “determinações”, diz governo

Porta-voz da Presidência da República anunciou medidas contra pandemia após reunião interministerial

Fase de “recomendações” sobre coronavírus pode passar para “determinações”, diz governo
Fase de “recomendações” sobre coronavírus pode passar para “determinações”, diz governo
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, fez pronunciamento oficial sobre o coronavírus. Foto: Reprodução/TV Brasil
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O governo realizou uma reunião interministerial coordenada pelo Ministério da Casa Civil e divulgou ações de combate à proliferação do novo coronavírus no Brasil, nesta sexta-feira 13. O comunicado foi dado pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em Brasília.

Segundo ele, atos preventivos e de monitoramento foram intensificados pelo Ministério da Saúde, em conjunto com secretarias de estados e municípios. Em discurso, afirmou que o governo pode deixar de dar apenas recomendações e passar a impor a adoção de medidas de precaução.

“Passamos da fase de orientações para a fase de recomendações. Em escala, poder-se-á vir a fase de determinações”, comunicou.

O anúncio ocorre após um encontro entre ministros e representantes das pastas da Saúde, Economia, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública, Cidadania, Secretaria Geral da Presidência, Secretaria de Governo, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Minas e Energia, Controladoria-Geral da União (CGU), Mulher, Família e Direitos Humanos, Desenvolvimento Regional, Ciência e Tecnologia, Defesa, Agricultura, Relações Exteriores, Advocacia-Geral da União (AGU), além de representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Banco Central.

 

Rêgo Barros anunciou medidas voltadas para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, o governo deve antecipar, para abril, 50% do 13º salário e suspender a prova de vida dos beneficiários por 120 dias. Há ainda a intenção de propor a redução do teto de juros do empréstimo consignado e a ampliação da margem consignável para essa população.

O porta-voz disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro deve definir com o Ministério da Saúde uma lista de produtos médico-hospitalares que terão preferência tarifária. O governo também deve “priorizar o desembaraço aduaneiro de produtos médico-hospitalares”. Os bancos públicos atuarão com 75 bilhões de reais no combate ao coronavírus, disse Rêgo Barros. O recurso deve ser usado para crédito agrícola, capital de juro e crédito consignado.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo deve apresentar em 48 horas novas propostas econômicas para combater a pandemia. A aposta do posto Ipiranga de Bolsonaro é oferecer mais reformas ao Congresso Nacional.

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