Política

Fachin pede que plenário do STF decida sobre continuidade de inquérito das fake news

Na quarta-feira 27, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão do inquérito ao STF

Fachin pede que plenário do STF decida sobre continuidade de inquérito das fake news
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Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, decidiu encaminhar ao plenário da corte a decisão sobre a continuidade ou não do inquérito das fake news. Ainda não há uma data para que o tribunal do STF julgue o tema.

Na quarta-feira 27, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão do inquérito ao STF. Aras usou uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade contra o procedimento de investigação, para formalizar o pedido.

Relator da ação movida pelo partido, o ministro Fachin já tinha decidido, em maio do ano passado, deixar a liminar a cargo da corte. Até agora, os 11 integrantes do tribunal ainda não se debruçaram sobre o caso.

 

O inquérito das fake news, instaurado pelo próprio Supremo, por decisão do presidente Dias Toffoli, investiga ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

Na quarta-feira 28, o STF autorizou uma ação de busca e apreensão pela Polícia Federal contra os investigados no caso. A operação envolveu empresários apoiadores de Bolsonaro. Na medida do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, ainda constam decisões pela quebra do sigilo financeiro dos investigados e pelo bloqueio de suas redes sociais. Parlamentares que estão na mira do inquérito também foram intimados a depor.

Contrariado pela operação, o presidente Bolsonaro subiu o tom contra o STF na manhã desta quinta. Em fala aos jornalistas na saída do Palácio do Planalto, o presidente xingou a ação do STF, disse que se “colocava no lugar” dos investigados e afirmou que a investigação tem como objetivo “tirar a mídia” favorável a ele do ar.

Com um discurso de “respeito às instituições”, o presidente não demorou para atacar o Supremo: disse que as coisas tinham “um limite” e que ontem tinha sido “o último dia” – sem especificar necessariamente de quê. Logo depois, xingou a ação do STF. “Acabou, porra! Me desculpe o desabafo. Não dá pra admitir mais atitudes de certas pessoas individuais tomando de forma quase que pessoal certas ações. Nós vamos continuar livres mesmo com o sacrifício da própria vida.”, disse.

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