Política
Facebook diz que proibirá anúncios que questionem a legitimidade da eleição
‘Além disso, não permitimos incitação à violência e proibimos discurso de ódio’, informa a Meta, dona da plataforma
A Meta, dona do Facebook, informou nesta terça-feira 16 que proibirá postagens pagas que questionem a legitimidade das eleições.
“A remoção de conteúdos que violam nossas políticas voltadas para supressão de votos — ou seja, para conteúdos que desestimulam o voto ou interferem na votação — está entre nossas respostas a potenciais interferências ao processo eleitoral”, declarou a empresa. “Além disso, não permitimos incitação à violência e proibimos discurso de ódio.”
Um relatório de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, da UFBA, publicado na semana passada, aponta que a dois meses da eleição as plataformas de tecnologia – como aplicativos de mensagens, redes sociais e sites de veiculação de vídeos – ainda representam entraves no enfrentamento às fake news.
Apesar de firmarem um memorando de entendimento com o Tribunal Superior Eleitoral, as big techs falham na checagem de conteúdos, na agilidade para processar denúncias e na transparência para combater a desinformação, segundo o estudo.
O relatório destaca, em especial, brechas nas redes sociais do grupo Meta (Facebook, WhatsApp e Instagram) e no Google (YouTube). O Facebook, por exemplo, não garante que notícias falsas serão removidas, mas terão apenas o alcance reduzido.
Para os pesquisadores, a medida não enfrenta o problema, “apenas dá mais trabalho para os propagadores desse tipo de conteúdo, que pode ser replicado infinitamente por diversos perfis diferentes”, algo não considerado no memorando.
Leia também
Lula abre a campanha e rebate fake news sobre igrejas: ‘Se há um possuído pelo demônio, é o Bolsonaro’
Por CartaCapitalHaddad inicia campanha em São Paulo e rebate fake news sobre Lula e evangélicos
Por CartaCapitalFachin: “Democracia se verga, mas não quebra com fake news”
Por Deutsche WelleFachin: “Democracia se verga, mas não quebra com fake news”
Por Deutsche WelleUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.