O ministro das Comunicações, Fabio Faria, admitiu que uma publicação feita nas redes sociais da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal sobre as queimadas trazia dados incorretos.
No sábado 26, a publicação veiculada dizia que “a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos”, mas a imagem considerava o total dos anos anteriores e o percentual até setembro de 2020.
Na comparação justa entre os mesmos períodos de tempo, de janeiro a agosto de 2020, a área queimada seria maior em 2019, primeiro ano do governo de Bolsonaro, 131.327 km². No entanto, as taxas atuais superam os anos de 2008, 2009, 2011, 2013, 2014, 2015, 2017 e 2018.
“Teve um erro no Twitter. O ano de 2020 ainda não terminou, obviamente, estamos entrando no mês de outubro, ainda temos três meses. Mas, se olhar a fotografia, é um ano que, provavelmente, terá um dos menores índices de queimadas”, afirmou Faria em entrevista ao UOL.
“Não era interessante mostrar a fotografia? A gente pode chegar em 31 de dezembro com essa afirmativa, pode ser correta. Apesar de o ano não ter acabado, temos um dos anos com a perspectiva de menores índices de queimadas, como mostra a fotografia. Essa é a notícia real”, argumentou.
O ministro ainda afirmou que a imprensa busca “pelo em ovo” e que ela deveria fazer uma “autocrítica” sobre a cobertura do governo de Jair Bolsonaro.
“É importante que o país acompanhe, coloque na pauta central dele as realizações do governo, o que o governo tem feito”, disse Faria.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login