A Força Aérea Brasileiro prorrogou, até 6 de maio, a liberação dos corredores aéreos para a saída voluntária dos garimpeiros que ocupam ilegalmente a Terra Indígena Yanomami.
O prazo, que já havia sido encerrado na segunda-feira 6, foi estendido. A FAB não informou o motivo a decisão.
O órgão controla o espaço aéreo da região, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para garantir que os garimpeiros saiam das terras indígenas e não retornem.
A medida visa uma saída ordenada dos garimpeiros ilegais, por meio de voos privados, que chegam a custar 15 mil reais por pessoa.
O governo federal também liberou o acesso às terras indígenas pelos rios para que barqueiros auxiliem na retirada dos invasores da região.
No entanto, a Polícia Federal e o Ibama vão controlar a passagem dos barcos para impedir o transporte de carga ilegal.
A região ocupada pelos yanomâmis está em estado de emergência de saúde pública desde o dia 20 de janeiro, quando se teve relato a morte de 570 crianças por causas evitáveis.
Durante 4 anos, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negligenciou a situação, mesmo após diversos pedidos de ajuda.
Enquanto negava envio de alimentos e suporte médico, o ex-capitão fez vistas grossas para a presença de garimpeiros no local, que além da disseminação de doenças, provocaram contaminação e violência na região.
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