FAB prorroga liberação de voos privados para a retirada de garimpeiros de Terra Yanomami

A medida visa garantir uma saída ordenada dos invasores da região

Foto: MICHAEL DANTAS / AFP

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A Força Aérea Brasileiro prorrogou, até 6 de maio, a liberação dos corredores aéreos para a saída voluntária dos garimpeiros que ocupam ilegalmente a Terra Indígena Yanomami. 

O prazo, que já havia sido encerrado na segunda-feira 6, foi estendido. A FAB não informou o motivo a decisão.

O órgão controla o espaço aéreo da região, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para garantir que os garimpeiros saiam das terras indígenas e não retornem. 

A medida visa uma saída ordenada dos garimpeiros ilegais, por meio de voos privados, que chegam a custar 15 mil reais por pessoa. 

O governo federal também liberou o acesso às terras indígenas pelos rios para que barqueiros auxiliem na retirada dos invasores da região. 

No entanto, a Polícia Federal e o Ibama vão controlar a passagem dos barcos para impedir o transporte de carga ilegal. 


A região ocupada pelos yanomâmis está em estado de emergência de saúde pública desde o dia 20 de janeiro, quando se teve relato a morte de 570 crianças por causas evitáveis. 

Durante 4 anos, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negligenciou a situação, mesmo após diversos pedidos de ajuda. 

Enquanto negava envio de alimentos e suporte médico, o ex-capitão fez vistas grossas para a presença de garimpeiros no local, que além da disseminação de doenças, provocaram contaminação e violência na região. 

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