Política
FAB anuncia primeiro voo para repatriar brasileiros no Líbano
O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com destino ao aeroporto de Beirute, com escala prevista na cidade de Lisboa, em Portugal


A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou que o primeiro voo de repatriação dos brasileiros que estão no Líbano vai sair do Brasil nesta quarta-feira 2.
Segundo a FAB, o resgate será com a aeronave KC-30 e tem a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros no território afetado pelos conflitos recentes entre Israel e Líbano. O presidente Lula (PT) determinou a operação de repatriação na noite desta segunda-feira 30.
O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com destino ao aeroporto de Beirute, com escala prevista na cidade de Lisboa, em Portugal. Segundo a FAB, o retorno ao Brasil estará condicionado a coordenações e protocolos adicionais.
A tripulação será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo), que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão.
“Já estamos com uma lista que estamos preparando. Nesse primeiro voo serão cerca de 230, 240 pessoas no máximo. É a capacidade do avião, mas haverá outros na medida da necessidade”, explicou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
A operação de repatriação é complexa, tanto pelos riscos envolvidos quanto pelo número significativo de pessoas a serem resgatadas. O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com cerca de 21 mil cidadãos.
O governo brasileiro tem solicitado que aqueles interessados em deixar o país preencham um formulário oficial para organizar a retirada.
A deterioração da situação na região, marcada pela escassez de alimentos e água, também tem aumentado a urgência da operação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.