Política
Exército terá nova política de ética para combater informações falsas nas redes sociais
Documento publicado pela Força fornece diretrizes para formar ‘pensamento crítico’ nos militares
O Exército terá uma nova Política de Ética Profissional e de Liderança Militar, válida de 2024 a 2027. O documento foi publicado no final de outubro pelo chefe do Estado-Maior do Exército (EME), general Richard Fernandez Nunes.
Pelo texto, a instituição deverá se prestar a combater “informações falsas, confusas, descontextualizadas e superficiais” encontradas no ambiente digital.
Esse é o primeiro documento dessa natureza depois do 8 de Janeiro de 2023, quando manifestantes golpistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF).
O documento explicita que o objetivo do Estado-Maior é fazer com que os militares tenham “pensamento crítico” sobre o uso das redes sociais.
Segundo o Exército, os militares devem filtrar as “questões morais que se apresentam em seu dia a dia” frente ao “incontrolável fluxo de estímulos” no ambiente virtual.
“O líder militar deve conhecer profundamente o contexto em que atua, cercando-se de assessores zelosos que não sejam meros repetidores de opiniões, amplamente disseminadas nas redes sociais”, diz um trecho do documento.
A instituição trata das atribuições do Departamento de Educação e Cultura do Exército, o Decex, afirmando que cabe ao órgão promover o estudo da História Militar, fazendo com que o pensamento crítico seja desenvolvido por meio do entendimento de experiências do passado.
Leia a íntegra da nova Política de Ética:
port_1429-eme_p_etica_profl_lideranca_mil_eb20-p-01-002
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Múcio diz ser a favor de anistia para envolvidos em ‘casos leves’ do 8 de Janeiro
Por CartaCapital
Quem é o general indicado por Lula para o Superior Tribunal Militar
Por CartaCapital