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Ex-mulher diz que autor das explosões planejava matar Alexandre de Moraes
A mulher, localizada por agentes da Polícia Federal em Santa Catarina, diz também que Francisco Wanderley Luiz só detonou explosivo sobre si por ter sido abordado por policiais
O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou nesta quinta-feira, 14, que a ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, afirmou em depoimento que o plano dele era assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ex-mulher de Luiz, localizada por agentes da PF em Santa Catarina, relatou que o principal alvo do ataque era o ministro Moraes e qualquer outra pessoa que estivesse em sua companhia. Segundo ela, o ex-marido só teria decidido detonar sobre si o explosivo porque foi descoberto antes de executar o plano.
Imagens das câmeras de segurança da Praça dos Três Poderes corroboram a versão da ex-esposa. No vídeo, é possível ver Francisco Wanderley Luiz sendo abordado por um agente momentos antes de um dos explosivos detonar em suas mãos.
O ataque ocorreu por volta das 19h30 de quarta-feira, 13, e levou à interrupção das atividades legislativas, que foram retomadas apenas na tarde de quinta-feira, após uma varredura de segurança nos prédios do STF e do Congresso Nacional.
Na casa alugada por Luiz, em Ceilândia, foram encontrados indícios que ligam o atentado às manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro. Entre as evidências, havia uma inscrição no espelho com a frase: “Em estátua de merda, se usa TNT”, sugerindo um plano para destruir a estátua da Justiça no STF.
Além disso, o chefe de segurança da Câmara dos Deputados informou que o terrorista chegou a circular pelo anexo IV da Casa, onde estão localizados a maioria dos gabinetes dos deputados. O local possui detector de metais na entrada, mas não realiza revistas mais detalhadas, o que facilitou o acesso do criminoso.
O ministro Alexandre de Moraes, alvo principal dos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem sido protagonista na defesa da ordem democrática desde os ataques de 8 de Janeiro. Nesta quinta-feira, o ministro reafirmou a necessidade de responsabilizar todos os envolvidos em atos terroristas e defendeu o endurecimento de medidas de segurança. A Polícia Federal segue investigando o caso.
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