Ex-ministro de FHC diz que só Bolsonaro o convenceu a votar no PT

Em evento de juristas pela democracia, José Carlos Dias sentou a mesa junto com Haddad, mas não quis tomar a palavra

José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça de FHC, à esquerda na foto, ao final do encontro

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No encontro de juristas pela Democracia, personalidades do direito brasileiro se reuniram nesta quinta-feira 18 no hotel Matsubara, zona sul de São Paulo, para declarar apoio à candidatura do petista Fernando Haddad à Presidência da República.

Apresentado com deferência, José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça no governo de FHC e coordenador da Comissão da Verdade, compôs a mesa ao lado com de outras figuras, como Paulo Sérgio Pinheiro, Paulo Sérgio Pinheiro e Antônio Cláudio Mariz, todos juntos com Haddad.

Ao contrário dos colegas que tomaram a palavra para defender Haddad, Dias preferiu não se pronunciar. Na saída do encontro, porém, comentou que não falou para não ofender parte dos presentes. “Só o Bolsonaro foi capaz de me fazer votar no PT. Eu pedi para não falar porque era tanta gente falando e eu ia dizer isso. Não quis ofender ninguém”, afirmou.

Defensor de presos políticos da Ditadura Militar, Dias afirmou que Bolsonaro é um “perigo imenso para o Brasil”. “Esse homem é um crápula. Aquilo que ele fez apoiando o Ustra, as violências que ele disse e que ameaça o Brasil”, declarou.

Sobre a falta de uma aliança entre Hadadd e FHC, ele criticou o partido petista. “O PT não exerceu a humildade, como aliás faz parte da sua história. Em vez de ir a Curitiba, pedir a benção do Lula, tinha que ter procurado as alianças de outros partidos, inclusive o Fernando Henrique, fazendo uma autocrítica e pedindo o apoio. Acho que seria possível ter feito isso”.

O encontro reuniu outros tucanos, como Rubens Naves e Belisário dos Santos Júnior.


Compuseram a mesa com Haddad também Silvia Pimentel, Dora Cavalcante, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Magda Biavaski.

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