Política

Ex-candidatos à Presidência oficializam apoio a Lula: ‘É o melhor que temos hoje’

Oito nomes que já disputaram o Planalto em outras eleições se reuniram para reforçar o apoio ao petista

Foto: Reprodução/Redes Sociais Ricardo Stuckert
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Oito ex-candidatos à Presidência da República declararam publicamente nesta segunda-feira 19 apoio a Lula (PT) nas eleições deste ano. A principal justificativa para a aliança, dizem, é a ‘urgente necessidade’ de vencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) e suas ameaças democráticas.

Entre os apoiadores estão nomes como o do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (União Brasil) e o ex-titular da Educação Cristovam Buarque (Cidadania).

No evento, Guilherme Boulos (PSOL-SP), que concorreu ao Planalto em 2018, foi o primeiro a falar. Ele já é um aliado do petista há meses e coordena a campanha de Lula em São Paulo. Para Boulos, estar ao lado de pessoas de campos divergentes, como Meirelles e Alckmin, é motivo a ser celebrado:

“Todos conhecem nossas diferenças, elas são públicas. E todas elas, por mais expressivas, são menores do que aquilo que nos une para preservar a democracia brasileira”, destacou. “A eleição do presidente no próximo dia 2 de outubro é essencial para a democracia brasileira. Para derrotar o fascista, alguém de identificação autoritária”.

Em seguida, quem reforçou seu apoio foi Luciana Genro (PSOL-RS), candidata à Presidência em 2014. Ela destacou a chegada de ‘novos aliados’ para a Frente Ampla em torno do petista e classificou o movimento como um gesto contra o fascismo de Bolsonaro.

“Compomos aqui uma frente antifascista, essa é a verdade. O projeto de Bolsonaro, apesar de não ter conseguido ser implementado na sua totalidade, é um projeto fascista”, disse. “É um projeto que quer eliminar seus adversários, que são considerados inimigos de morte”.

Marina Silva (Rede) também reafirmou as motivações da sua aliança com o ex-presidente, de quem esteve afastada desde 2014. “A reconciliação que queremos para as pessoas está começando por nós próprios”, explicou. “E o senhor reúne as condições de ser a força gravitacional do povo para colocar uma derrota para Bolsonaro e colocar um freio no bolsonarismo”.

Falaram ainda sobre suas motivações de aderir publicamente à campanha de Lula os políticos Buarque, candidato em 2006, Meirelles e João Vicente Goulart, ambos candidatos na disputa de 2018.

Buarque foi enfático ao justificar a reaproximação: “O Lula é o melhor que temos hoje para presidir o Brasil”. Ele destacou ainda que o petista é quem tem a melhor condição de vencer Bolsonaro na disputa eleitoral. “É quem tem mais condições de barrar essa tragédia”.

Na sua participação, o ex-ministro da Educação cobrou ainda que aliados busquem votos para impedir que seja necessário um segundo turno. “Não tenho dúvidas de que Lula vence no segundo turno, mas serão quatros semanas difíceis. É democrático dois turnos, mas hoje não é responsável”.

Meirelles disse ter se aliado ao ex-presidente por ser muito apegado a fatos. Ele citou uma série de números que mostram o sucesso econômico dos governos petistas e disse então ver condições de repeti-los em 2023.

“Essa história de falatório pode impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos. Eu olho e vejo resultados no seu governo e isso nos faz estar aqui”, justificou o ex-presidente do Banco Central. “Estou aqui com tranquilidade porque sei o que funciona e o que pode funcionar no Brasil”.

João Vicente também citou a necessidade de ‘superar divergências’ para defender a democracia. “Sabemos que a luta é difícil e a união se faz necessária e se faz necessária porque o Brasil está à frente de todos nós. No exílio fizemos aliança até com a direita, com Lacerda, para primeiro derrotarmos a ditadura”, destacou. “Hoje o Brasil precisa da sua condução e nenhuma diferença de quem está aqui será maior do que o que devemos ao povo brasileiro”.

Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, e Fernando Haddad (PT), que disputa o governo de SP, finalizam a lista de ex-candidatos ao Planalto que estiveram reunidos nesta segunda-feira para buscar novos eleitores para Lula.

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