O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta terça-feira 7 que o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pode ser promovido pelo Exército no futuro.
A situação de Cid foi um fator fundamental para a demissão de Júlio César de Arruda e a oficialização de Tomás Ribeiro Paiva como comandante da Força. Em um de seus primeiros atos, Paiva barrou a nomeação do tenente-coronel para o o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia (GO).
Cid foi indicado em maio de 2022 por Bolsonaro, mas só assumiria o cargo em fevereiro. Dado o alinhamento do ex-ajudante de ordens com o ex-presidente, no entanto, o Palácio do Planalto já havia indicado que esperava que Arruda anulasse a nomeação, mas isso não ocorreu.
Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, colega de Bolsonaro no curso de formação de oficiais do Exército, o tenente-coronel tem um histórico de relacionamento com o ex-capitão, o que inclui afinidades familiares. Seu nome também ganhou notoriedade em janeiro após reportagem do portal Metrópoles apontar que investigações da Polícia Federal, sob o comando do Supremo Tribunal Federal, apuram se ele operava uma espécie de “caixa paralelo”.
“A promoção dele virá para futuro e as coisas chegarão a bom termo”, declarou Múcio nesta terça a jornalistas, em Brasília. “Isso [promoção de Cid] é questão do Exército quando as coisas estiverem todas resolvidas.”
O ministro da Defesa se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e com os comandantes Tomás Paiva, do Exército; Marcos Olsen, da Marinha; e Marcelo Damasceno, da Aeronáutica.
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