‘Eu vou ganhar a presidência da República, espera só para você ver,’ diz Ciro

O pedetista minimiza colocação nas pesquisas eleitorais e mira em Sergio Moro: 'Uma versão piorada de Bolsonaro'

Foto: Mário Miranda/Amcham/Divulgação

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O presidenciável pelo PDT, ex-ministro Ciro Gomes, avaliou como ‘momentânea’ a queda nas intenções de voto e a perda da 3ª colocação nas pesquisas eleitorais desde a entrada de Sergio Moro (Podemos) na disputa. Em Portugal para participar de compromissos de pré-campanha, o pedetista avaliou o momento da corrida eleitoral ao site Sputinik Brasil.

Para ele, com a aproximação das eleições em outubro de 2022, seu eleitorado voltará a crescer ao perceberem que o ex-juiz é muito pior que o atual presidente.

“Pesquisa é retrato do momento, e a vida não é retrato, a vida é filme. O nível de atenção ao assunto eleições é nenhum no tempo presente. Portanto, elas tendem a revelar muito mais notoriedade do que adesão consolidada a essa ou àquela candidatura. E a notoriedade, no caso brasileiro, é uma variável da exposição da mídia, especialmente televisiva”, destacou Ciro sobre as pesquisas.

Em seguida, o pedetista passou a avaliar seu novo adversário. Segundo disse, a chegada de Moro ao cenário eleitoral comprova a atuação parcial e arquiteta da Operação Lava Jato.

“[Moro] é uma versão piorada da matriz [Bolsonaro]. Bolsonaro, na sua estupidez, tem alguma coerência. É um grande genocida, que nunca negou que era. Um apologista da ditadura, que nunca negou que era. O Moro é muito pior, é um juiz político. Não existe coisa mais grave, sob o ponto de vista da degeneração moral do ser humano”, acrescentou sobre o tema.

“Um juiz condena um político e depois vai ser ministro de um político que foi beneficiado por essa condenação, recebendo uma promessa de vantagem indevida, leia-se corrupção passiva, de um cargo de ministro vitalício do Supremo Tribunal Federal. Depois, um juiz que destrói uma empresa, uma grande corporação da construção pesada, vai ganhar dinheiro sendo sócio da empresa que está administrando essa massa falida, cuja sede, sendo em Nova York, ele se localiza em Washignton… Percebe? Aí tem…”, criticou o pré-candidato.


Para ele, tanto Moro quanto Deltan Dallganol ‘estavam fazendo política’ ao atuarem na Lava Jato. A filiação ao Podemos, de Álvaro Dias, poupado pelas investigações da operação como mostrou as mensagens divulgadas pelas reportagens da Vaza Jato, é mais uma etapa deste projeto político. “Se isso [filiação de Moro e Deltan] não confirmar, o que é que faltaria confirmar?”, questiona.

Ainda na conversa, Ciro reforçou que não irá retirar sua candidatura ao Planalto para apoiar outro nome. “Não existe essa possibilidade”, afirmou o pedetista que também reformou que não poupará o ex-presidente Lula (PT) de críticas.

“Nenhuma chance [de desistir da candidatura]. Eu vou ganhar a presidência da República, espera só para você ver”, garantiu Ciro ao site.

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