Política

‘Eu não considero ele nem candidato. Sem toga, não vale nada’, diz Lula sobre Moro

A impressão que tenho quando ele fala é que ele sabe cada vez menos das coisas deste País. Ele foi uma invenção, completou o ex-presidente

O ex-presidente Lula e o ex-juiz Sergio Moro. Fotos: Ricardo Stuckert e Nelson Almeida/AFP
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser questionado sobre Sergio Moro (Podemos) ser um ‘melhor adversário’ do que Jair Bolsonaro (PL) na disputa de um eventual segundo turno, respondeu que nem ao menos considera o ex-juiz como um candidato.

“Eu não considero ele nem candidato. O papel que ele está fazendo em cada entrevista é tão ridículo, que eu quero que ele se exponha mais, quero que ele tenha mais tempo na televisão e dê mais entrevistas em rádios. Quero que ele se coloque na frente da imprensa para se desnudar, porque aquele homem sem toga não vale nada”, respondeu Lula em uma entrevista a uma rádio do Paraná.

Ainda sobre Moro, o ex-presidente voltou a chamar o ex-juiz de ‘medíocre’ e ‘deus de barro criado por parte da imprensa’. Adjetivos semelhantes já haviam sido atribuídos pelo ex-presidente ao adversário na última semana.

“Esse cidadão sempre teve a pretensão de ser político e sair da mediocridade que ele é enquanto pessoa humana e tentar ganhar notoriedade na política”, disse. “Ele não sabe o que ele fez e não sabe o que ele vai fazer. A impressão que tenho quando ele fala é que ele sabe cada vez menos das coisas deste País. Ele foi uma invenção, foi um deus de barro criado por setores da mídia brasileira que está desmoronando e não sei onde ele vai parar”, acrescentou mais adiante sobre o ex-ministro.

Ao falar da Operação Lava Jato, Lula foi direto e voltou a classificar o grupo de procuradores comandados por Deltan Dallagnol como uma ‘uma pequena quadrilha’.

“O que aconteceu comigo em 2018 é que tinha uma pequena quadrilha montada dentro do Ministério Público e um juiz que resolveram contar a maior mentira da história desse País”, destacou o ex-presidente.

Lula também voltou a mostrar o que pretende responder sobre corrupção quando for questionado por adversários durante os debates eleitorais. Segundo disse, terá prazer em debater sobre o tema.

“Esses temas já estão respondidos pela Justiça. […] Até agora, o Queiroz não foi julgado, a rachadinha do filho dele não foi apurada, os desmandos não foram investigados. No meu tempo a gente investigava tudo, por isso criamos a lei da delação premiada e o portal da transparência. Quero discutir todos os temas, inclusive corrupção, quero mostrar que a pretexto da corrupção, o que aconteceu no mundo com a Petrobras”, respondeu o ex-presidente antes de retomar a crise econômica instaurada pela Lava Jato.

Ao todo, estima-se que a Operação Lava Jato tenha acabado com cerca de 4,4 milhões de empregos no País e afastado 172,2 bilhões de reais em investimentos. Os dados, que foram usados por Lula na entrevista, são parte de uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo estima ainda que o Brasil deixou de arrecadar cerca de 47,4 bilhões em impostos com a atuação parcial da força-tarefa.

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