Política

‘Eu estou em 3º, não faz sentido abdicar da pré-candidatura’, diz Moro em evento com Doria

Em encontro do BTG nesta terça, o governador de São Paulo, por sua vez, afirmou que poderá abrir mão de sua candidatura ‘mais adiante’

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP via Getty Images
Apoie Siga-nos no

O ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato à Presidência pelo Podemos, voltou a pedir nesta terça-feira 22 a união da direita da terceira via. Ele participou de evento em São Paulo com a presença do tucano João Doria, governador de São Paulo.

Moro, porém, tornou a sugerir ser o representante desse grupo com mais possibilidades de vitória em outubro.

“Eu‌ ‌estou‌ ‌em‌ ‌terceiro‌ ‌lugar‌ ‌desde‌ ‌que‌ ‌me coloquei‌ ‌nessa‌ ‌posição‌ ‌de‌ ‌pré-candidato,‌ ‌então‌ ‌não‌ ‌faz‌ ‌sentido‌ ‌eu‌ ‌abdicar‌ ‌da‌ ‌minha‌ ‌pré-candidatura‌ ‌se‌ ‌ela‌ ‌é a‌ ‌com‌ ‌maior‌ ‌potencial‌ ‌de‌ ‌vencer‌ ‌esses‌ ‌extremos.‌ ‌Mas‌ ‌a‌ ‌gente‌ ‌tem‌ ‌que‌ ‌tratar‌ ‌isso‌ ‌com‌ ‌bastante‌ ‌humildade”,‌ ‌afirmou o ex-ministro de Jair Bolsonaro ‌durante‌ encontro promovido ‌pelo‌ ‌banco‌ ‌BTG‌ ‌Pactual‌.‌‌

Ao mencionar Doria, Moro disse achar “‌muito‌ ‌factível‌ ‌que‌ ‌nós‌ ‌possamos‌ ‌nos‌ ‌unir‌ ‌em‌ ‌algum‌ ‌momento‌ ‌desse‌ ‌ano‌ ‌para‌ ‌enfrentar‌ ‌esses‌ ‌extremos”, em mais uma tentativa de estabelecer uma falsa equivalência entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líder e vice-líder das pesquisas de intenção de voto, respectivamente.

Pesquisa CNT/MDA divulgada na última segunda-feira 21 mostra que Moro recuou de 8,9% na rodada anterior para 6,4%, sendo ultrapassado por Ciro Gomes (PDT). Eis o cenário apresentado pelo levantamento:

No evento do BTG nesta terça, Doria, por sua vez, afirmou que poderá abrir mão de sua candidatura “mais adiante”. Também alegou que, ao lado de Moro e da senadora Simone Tebet (MDB), compõe o “centro democrático”. Segundo ele, as três candidaturas deveriam convergir para um único nome.

“Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole, que me fez ter orgulho de ser brasileiro. O meu País, o povo do meu País, é mais importante do que eu mesmo. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil”, declarou o tucano.

Doria defendeu, no entanto, que as pré-candidaturas da terceira via se mantenham de pé “até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários”.

“Hoje conversei com a Simone Tebet, por quem tenho muita admiração (…). Ela tem de manter a candidatura, o Sergio tem de manter a candidatura dele, a nossa também, (…) até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários”, prosseguiu o governador paulista. “Lá adiante, diante das circunstâncias, verificarmos quem pode, quem precisa abrir mão.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo