Um grupo de cerca de 90 estudantes ocupou na quinta-feira 28 a prefeitura do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, para reivindicar a contratação de professores e melhorias na instituição. A mobilização acontece após alunos dos campi da USP na capital terem entrado em greve.
Os alunos cobram a abertura imediata de concursos públicos para professores nos cursos de Pedagogia, Terapia Ocupacional, e Biblioteconomia e Ciência da Informação, além de pagamento de salários atrasados dos funcionários, melhoria nas condições de transporte público interno e retorno das marmitas no restaurante universitário. De acordo com informações do Diretório Central dos Estudantes, estão paralisados os cursos de Pedagogia, Psicologia, Biologia, Direito, Farmácia, Física Médica, Enfermagem e Medicina em Ribeirão Preto.
Segundo um integrante da Frente de Luta Combativa, um dos coletivos responsáveis pela ocupação, os estudantes tiveram uma reunião na noite de quinta com a prefeita e a vice-prefeita do campus, que redigiriam uma carta na qual se comprometeriam a atender as demandas. Um novo encontro foi agendado para a manhã desta sexta, mas não aconteceu.
A falta de docentes no campus de Ribeirão Preto é mais grave nos cursos de Biblioteconomia e Ciências da Informação, Pedagogia e Terapia Ocupacional. Em novembro de 2022, o centro acadêmico do curso de TO enviou uma carta aberta à reitoria apontando que no primeiro semestre de 2023 12 disciplinas ficariam sem docentes ou com falta de professores para ministrar uma parte dos créditos.
CartaCapital entrou em contato com a prefeitura do Campus da USP Ribeirão Preto, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.
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