Política

Estudantes de Direito lançam vídeo esclarecendo inocência de Lula

O ex-presidente teve as condenações contra si anuladas, retornando à condição de inocência, já que não consta contra ele sentença penal condenatória

Foto: ANDRE BORGES / AFP
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Estudantes de Direito lançaram um vídeo, nesta segunda-feira 24, em que explicam a condição de inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após perseguição sofrida pela Operação Lava Jato. 

A iniciativa da Federação Nacional dos Estudantes de Direito contou com a participação de 27 faculdades em todo o País. 

Para a presidente da FENED, Hadassa Freire, “é o peso da história que nos leva a defender a unificação do campo democrático em torno da candidatura de Lula. Nós, estudantes de Direito e futuros juristas do país, temos a responsabilidade de interferir nesse processo e dialogar com a sociedade sobre a perseguição política que o candidato vem sofrendo e que, consequentemente, abala o tão caro Estado Democrático de Direito”.

No vídeo, os alunos afirmam que os coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato tinham o petista como inimigo e queriam usar sua prisão “para se alavancarem politicamente”. 

https://www.instagram.com/p/CkHGu3bgfsS/

“Os agentes da lava jato não foram democráticos. Tinham Lula como inimigo e queriam usar sua prisão para se alavancarem politicamente. E, através de delações premiadas forjadas o prenderam, impedindo sua participação na eleição de 2018. Fato este que definiu o processo eleitoral daquele ano”, cita documento divulgado pelos alunos. 

Confira, logo abaixo, o manifesto lido pelos estudantes no vídeo:

Lula não é só inocente, foi injustiçado!

Vítima de uma farsa para incriminá-lo, em nome do combate à corrupção, de fato presente no Brasil, fruto de um país desigual que Lula dedicou a vida a combater. Foi condenado em uma operação promovida por agentes de instituições do Estado: A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal. Servidores públicos financiados com dinheiro de todos os brasileiros. Utilizando seus cargos para fins privados e projetos de poder.

Nenhuma destas instituições tem competência para fazer política. Seu papel é jurídico, não político partidário.

Defender o judiciário como poder imparcial para resolver os conflitos sociais, também é uma posição política: democrática, a única válida para servidores deste poder. Mas os agentes da lava jato não foram democráticos. Tinham Lula como inimigo e queriam usar sua prisão para se alavancarem politicamente. E, através de delações premiadas forjadas o prenderam, impedindo sua participação na eleição de 2018. Fato este que definiu o processo eleitoral daquele ano.

Desrespeitou a soberania popular, o poder de o povo decidir livremente seu destino – tão arduamente conquistado – através de uma prisão ilegal. Depois, Sérgio Moro virou Ministro da Justiça do governo que ajudou a eleger. Agora, elegeu-se Senador, elegeu sua esposa, Rosângela Moro, e seu parceiro, mesmo sendo procurador – advogado de acusação da operação, Deltan Dallagnol para a Câmara dos Deputados.

Todos promoveram suas candidaturas usando a Lava Jato como trunfo eleitoral.

A contradição é clara. Uma operação paga com dinheiro público com objetivo investigar diferentes tipos de desvio de recursos públicos para fins particulares, tornou-se ela mesma instrumento para promoção de objetivos particulares: a eleição de ex-funcionários públicos e seus parentes.

Não podemos deixar que uma quadrilha de servidores públicos do Poder Judiciário, pagos com nosso dinheiro, para cuidar dos bens jurídicos da nação, usem seus cargos para fazer política e perseguir seus oponentes. Em defesa do estado de direito, do devido processo legal e da democracia, consequentemente, de Lula, vítima de um processo injusto de perseguição política, que viola a ideia de democracia.

Sérgio Moro é culpado por violar a Constituição, usar verbas e prerrogativas públicas para fazer campanha política. Interromper o processo de desenvolvimento social do país, destruir, neste desespero por poder, as empresas nacionais do setor energético, de infraestrutura e engenharia, acabando com empregos e a segurança jurídica do ambiente de negócios brasileiro. Enfim, atacando os direitos humanos e as liberdades públicas e democráticas no país.

Lula é inocente e foi injustiçado! Sérgio Moro não!

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