Entidades alertam OCDE sobre retrocessos no Brasil durante o governo Bolsonaro

Em carta, signatários manifestam suas preocupações em relação à recente abertura das discussões formais para a adesão do País à organização

Foto: EVARISTO SA / AFP

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Entidades da sociedade civil endereçaram uma carta à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com um alerta sobre os retrocessos em áreas como direitos humanos, meio ambiente, transparência e combate à corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Entre as organizações que assinam o documento, encaminhado a Mathias Cormann, secretário-geral da organização, estão a Anistia Internacional Brasil, a Human Rights Watch, a Transparência Internacional – Brasil e a WWF-Brasil.

Os signatários, que tratam da adesão do Brasil à OCDE, destacam que o processo de entrada no bloco “deve ser visto como uma oportunidade de correção de rumos”. 

“Diante do desmonte ambiental no Brasil – retrocesso legislativo, paralisação de fiscalização e redução de orçamento – todas as iniciativas que visem parar a escalada de destruição são válidas”, disse Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil. “Esta carta é mais um esforço de colocar o país num rumo coerente com a ciência e com os países que se preocupam com um futuro sustentável e climaticamente justo”.

A aproximação do Brasil da OCDE era uma das prioridades da política externa do governo Bolsonaro.  A preocupação das instituições signatárias é de que o presidente use das negociações como forma de chancela das suas políticas erráticas. 

Segundo a carta, os retrocessos no Brasil nos últimos três anos violam as diretrizes da própria OCDE, que se comprometeu a atuar na “vanguarda de práticas modernas de gestão e transparência”.


Leia o documento na íntegra:

1304 Carta OCDE sobre entrada do Brasil

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