Política

Empresas de publicidade vão pagar 50 milhões de multa na Lava Jato

Operação foca os contratos de publicidade do governo federal; Borghi Lowe e FCB Brasil acertam acordo com o Ministério Público Federal

Empresas de publicidade vão pagar 50 milhões de multa na Lava Jato
Empresas de publicidade vão pagar 50 milhões de multa na Lava Jato
As empresas apareceram na investigação envolvendo o ex-deputado André Vargas
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Depois da Petrobras e da Eletronuclear, os holofotes da Lava Jato voltarão suas atenções para novos detalhes das tramoias nos contratos de publicidade do governo federal. As empresas de comunicação Borghi Lowe e FCB Brasil acertam os últimos detalhes de um acordo de leniência com o Ministério Público Federal.

As produtoras se comprometeram a dar detalhes de como foram acertados os contratos de publicidade junto à Caixa Econômica Federal e ao Ministério da Saúde. Os pontos finais do acordo com a Força Tarefa já estão em vias de conclusão e preveem que as empresas paguem, juntas, uma multa de 50 milhões de reais.

As duas companhias apareceram na Lava Jato no decorrer das investigações envolvendo o ex-deputado do PT André Vargas. Segundo os investigadores, Vargas usava uma empresa, a LCI, em nome de seus irmãos, Leon Vargas e Milton Vargas, para receber propina decorrente de contratos de propaganda intermediados pelo ex-parlamentar.

Para que o dinheiro sujo fosse pago, o diretor da Borghi Lowe, Ricardo Hoffmann, determinava que produtoras que tinham débito com sua empresa depositassem parte do dinheiro devido na empresa de Vargas, que segundo o Ministério Público, era de fachada.

Foram identificados depósitos de 3,1 milhões nas contas da empresa dos irmãos Vargas. Parece muito, mas não é. Só a Borghi Lowe faturou 968 milhões de reais entre 2008 e 2014 em contratos de publicidade com a CEF.  A FCB, por sua vez, fechou um contrato de 110 milhões com a Petrobras no ano passado.

As duas companhias pertencem ao grupo de comunicação americano Interpublic. Hoffman e Vargas foram presos na décima primeira fase da operação em 11 de abril e respondem a processo por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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