Empresa de SC é notificada por obrigar funcionários a votarem em Bolsonaro

A recomendação do MPT é que a Altemburg pare de praticar ações que configurem assédio eleitoral

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina emitiu recomendação para que a empresa Altemburg, gigante têxtil, se abstenha de obrigar ou induzir funcionários a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo denúncias de trabalhadores recebidas pelo órgão, a empresa estaria coagiu colaboradores sob ameaça de demissão. O sindicato, com cerca de 1700 funcionários, localizada em Blumenau, confirmou o teor das denúncias feitas ao MPT. O assédio teria partido do presidente da empresa. 

A recomendação da Procuradoria do Trabalho da 12ª Região reforça que a empresa deve agir para assegurar aos empregados o direitos de livre escolha de seus candidatos, independente da posição política de seus gestores. 

“Bem como quanto à impossibilidade e ilegalidade de se realizar campanha pró ou contra determinado candidato, coagindo, intimidando, admoestando ou influenciando o voto de seus empregados com abuso de poder diretivo”, diz o documento. O descumprimento das recomendações pode gerar ação judiciais e de reparação de danos causados. 

Ao todo, o Ministério Público do Trabalho já registrou 252 denúncias de assédio eleitoral de empresas contra funcionários em todo o País. Entre elas, 39 são em Santa Catarina. 

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