Política

Empresa de SC é notificada por obrigar funcionários a votarem em Bolsonaro

A recomendação do MPT é que a Altemburg pare de praticar ações que configurem assédio eleitoral

Empresa de SC é notificada por obrigar funcionários a votarem em Bolsonaro
Empresa de SC é notificada por obrigar funcionários a votarem em Bolsonaro
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina emitiu recomendação para que a empresa Altemburg, gigante têxtil, se abstenha de obrigar ou induzir funcionários a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo denúncias de trabalhadores recebidas pelo órgão, a empresa estaria coagiu colaboradores sob ameaça de demissão. O sindicato, com cerca de 1700 funcionários, localizada em Blumenau, confirmou o teor das denúncias feitas ao MPT. O assédio teria partido do presidente da empresa. 

A recomendação da Procuradoria do Trabalho da 12ª Região reforça que a empresa deve agir para assegurar aos empregados o direitos de livre escolha de seus candidatos, independente da posição política de seus gestores. 

“Bem como quanto à impossibilidade e ilegalidade de se realizar campanha pró ou contra determinado candidato, coagindo, intimidando, admoestando ou influenciando o voto de seus empregados com abuso de poder diretivo”, diz o documento. O descumprimento das recomendações pode gerar ação judiciais e de reparação de danos causados. 

Ao todo, o Ministério Público do Trabalho já registrou 252 denúncias de assédio eleitoral de empresas contra funcionários em todo o País. Entre elas, 39 são em Santa Catarina. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo