O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina recebeu 21 denúncias de assédio eleitoral de trabalhadores que relataram terem sido obrigados pela empregadores a aderir aos bloqueios golpistas nas rodovias em Santa Catarina que pediam intervenção militar.
Após a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, militantes fecharam diversos trechos de rodovias pelo País pedindo ação do Exército e convocação de novas eleições.
As denúncias constam de um relatório divulgado pelo órgão. No total, foram 313 relatos de assédio eleitoral no estado.
O crime previsto na legislação eleitoral acontece quando um empregado é intimado, ameaçado ou constrangido no ambiente de trabalho por superiores para votarem em determinado candidato.
O documento aponta que as denúncias estão relacionadas com 205 indústrias e comércios da região catarinense, liderada pelo agronegócio.
Também foi em Santa Catarina a maior votação para Bolsonaro nas urnas e o maior número de bloqueios nas rodovias.
Apuração do Ministério Público de Santa Catarina identificou 12 pessoas suspeitas de liderarem os movimentos golpistas e incentivarem financeiramente os bloqueios.
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