Mundo
Em troca por Eduardo, Trump cogita indicar filho para embaixada no Brasil
Esse é um movimento diplomático inusitado na história recente da diplomacia mundial
Após o presidente Jair Bolsonaro anunciar, na noite desta quinta-feira 12, que vai indicar seu filho Eduardo Bolsonaro para ser o novo embaixador brasileiro em Washington, nos EUA, o presidente americano Donald Trump cogita enviar seu filho para comandar a embaixada no Brasil.
Segundo informações do jornal O Globo, Eric Trump poderá se mudar para Brasília, ainda este ano, para comandar os interesses americanos na capital do Brasil.
Esse é um movimento diplomático inusitado na história recente da diplomacia mundial. Os EUA está acostumado a fazer indicações políticas para suas embaixadas pelo mundo. Já o Brasil, é a primeira vez que essa seleção não acontece de forma técnica.
Na história da diplomacia mundial, apenas uma vez aconteceu de um líder indicar seu filho ao cargo de embaixador. O rei da Arábia Saudita, Salman, indicou o príncipe Khalid bin Salman para ocupar o cargo entre 2017 e 2019 em Istambul.
Na visita de Bolsonaro aos EUA, os americanos deixaram claro para o presidente que querem uma troca de nomeações políticas para as embaixadas. Isso porque a intenção é que a relação entre os dois países seja cada vez mais forte, para que juntos consigam influenciar nações como Argentina e outros integrantes do Mercosul.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



