Política

Em Salvador, captação de recursos preocupa os principais candidatos

Atraso gigantesco na construção do metrô é símbolo do abandono do poder público na cidade

Anunciada em 2000, a obra do metrô de Salvador deveria durar três anos. Doze anos se passaram e apenas metade do percurso foi concluído, sob o custo de 700 milhões de reais. Foto: Mila Cordeiro/Agecom Bahia
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Salvador é a 12ª cidade mais rica do País. No entanto, as condições de transporte e turismo deixadas pela última gestão preocupam os candidatos à prefeitura que, em seu primeiro ano de mandato, em 2013, receberão a Copa das Confederações, torneio de futebol que serve como teste para a organização da Copa do Mundo no ano seguinte. O problema é de onde tirar os recursos para completar as obras a tempo.

O ícone deste abandono, dizem os candidatos, é o metrô da capital baiana. Anunciada em 2000, as obras deveriam durar apenas três anos. Doze anos se passaram e apenas metade do percurso foi concluído, sob o custo de 700 milhões de reais.

Diante deste cenário, o que falta é dinheiro para concretizar o que é prometido pelos candidatos. A situação financeira da capital contrasta tanto com suas necessidades, que o candidato Mário Kertész (PMDB) chegou a questionar os candidatos “com que roupa” eles fariam as obras e as mudanças propostas para Salvador.

Segundo o candidato à prefeitura ACM Neto (DEM), Salvador arrecada por ano 800 milhões de reais abaixo do que poderia, caso comparada com o Nordeste. “Se nós tivéssemos um patamar igual ao de Recife, em arrecadação por habitante, nós teríamos 1,3 bilhão de reais a mais nos cofres da prefeitura”, diz.

As críticas à antiga gestão não são privilégio de ACM Neto, líder nas pesquisas de intenção de voto. Nesta segunda-feira 27, Olívia Santana, candidata a vice na chapa de Nelson Pelegrino (PT), disse que é preciso assegurar uma articulação com o governo do estado e com o governo federal para injetar verbas na capital, além de rever os acordos em vigor. “Temos que rever todos os contratos, cortar gorduras, ver o que é necessário, renegociar dívidas de Salvador, ver um senso de dívidas ativas e o que é possível recuperar”, conta.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Santana também defendeu a criação de uma Secretaria de Cultura para a cidade. “[Salvador é] o berço civilizatório da nação, a cidade que tem o maior parque colonial da América Latina e a gente não consegue estabelecer uma política cultural e equipamentos de gestão da cultura que garantam extrair o potencial real que a cidade tem”, argumenta.

Em quarto lugar nas pesquisas, o vice da chapa de Márcio Marinho (PRB), Deraldo Damasceno, acredita que na melhoria dos processos de gestão para aumentar a saúde financeira da prefeitura. “Acredito que há muita gente que faz muito com pouco e há muita gente que faz pouco com muito”, diz. Damasceno também ressaltou a importâncias das parcerias com o poder privado e os poderes públicos para Salvador.

De acordo com a última pesquisa Ibope realizada entre os dias 21 e 23 de agosto, ACM Neto (DEM) lidera as intenções de voto com 40%, seguido por Nelson Pelegrino (PT)com 16%. O candidato do PMDB, Mário Kertész , permanece em terceiro lugar, com os mesmos 8% da última pesquisa, enquanto Márcio Marinho (PRB), caiu de 6% para 5%.

Salvador é a 12ª cidade mais rica do País. No entanto, as condições de transporte e turismo deixadas pela última gestão preocupam os candidatos à prefeitura que, em seu primeiro ano de mandato, em 2013, receberão a Copa das Confederações, torneio de futebol que serve como teste para a organização da Copa do Mundo no ano seguinte. O problema é de onde tirar os recursos para completar as obras a tempo.

O ícone deste abandono, dizem os candidatos, é o metrô da capital baiana. Anunciada em 2000, as obras deveriam durar apenas três anos. Doze anos se passaram e apenas metade do percurso foi concluído, sob o custo de 700 milhões de reais.

Diante deste cenário, o que falta é dinheiro para concretizar o que é prometido pelos candidatos. A situação financeira da capital contrasta tanto com suas necessidades, que o candidato Mário Kertész (PMDB) chegou a questionar os candidatos “com que roupa” eles fariam as obras e as mudanças propostas para Salvador.

Segundo o candidato à prefeitura ACM Neto (DEM), Salvador arrecada por ano 800 milhões de reais abaixo do que poderia, caso comparada com o Nordeste. “Se nós tivéssemos um patamar igual ao de Recife, em arrecadação por habitante, nós teríamos 1,3 bilhão de reais a mais nos cofres da prefeitura”, diz.

As críticas à antiga gestão não são privilégio de ACM Neto, líder nas pesquisas de intenção de voto. Nesta segunda-feira 27, Olívia Santana, candidata a vice na chapa de Nelson Pelegrino (PT), disse que é preciso assegurar uma articulação com o governo do estado e com o governo federal para injetar verbas na capital, além de rever os acordos em vigor. “Temos que rever todos os contratos, cortar gorduras, ver o que é necessário, renegociar dívidas de Salvador, ver um senso de dívidas ativas e o que é possível recuperar”, conta.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Santana também defendeu a criação de uma Secretaria de Cultura para a cidade. “[Salvador é] o berço civilizatório da nação, a cidade que tem o maior parque colonial da América Latina e a gente não consegue estabelecer uma política cultural e equipamentos de gestão da cultura que garantam extrair o potencial real que a cidade tem”, argumenta.

Em quarto lugar nas pesquisas, o vice da chapa de Márcio Marinho (PRB), Deraldo Damasceno, acredita que na melhoria dos processos de gestão para aumentar a saúde financeira da prefeitura. “Acredito que há muita gente que faz muito com pouco e há muita gente que faz pouco com muito”, diz. Damasceno também ressaltou a importâncias das parcerias com o poder privado e os poderes públicos para Salvador.

De acordo com a última pesquisa Ibope realizada entre os dias 21 e 23 de agosto, ACM Neto (DEM) lidera as intenções de voto com 40%, seguido por Nelson Pelegrino (PT)com 16%. O candidato do PMDB, Mário Kertész , permanece em terceiro lugar, com os mesmos 8% da última pesquisa, enquanto Márcio Marinho (PRB), caiu de 6% para 5%.

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