Economia

Em reunião com Lula e ministros, Alckmin evoca JK e diz que o governo fez ‘1000 dias em 100’

O presidente, por sua vez, detalhou medidas adotadas e instou Haddad a finalizar programa para reduzir o endividamento da população

Geraldo Alckmin e Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Em reunião ministerial a marcar os primeiros cem dias de governo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta segunda-feira 10 que o presidente Lula (PT) “salvou a democracia”. 

No Palácio do Planalto, Alckmin evocou o ex-presidente Juscelino Kubistchek e elogiou as medidas adotadas pela gestão no primeiro trimestre.

“Quero dizer que o presidente Lula está sendo fiel ao que falou na campanha. O senhor salvou a democracia de uma tentativa de golpe e ela saiu fortalecida. A reação do governo foi fortalecer o sistema democrático”, delcarou. “É nos momentos de tristeza que precisamos estar presentes. Foram mil dias em cem.”

Na sequência, Lula assumiu o microfone e analisou as ações adotadas e as políticas que pretende aprovar nos próximos meses. Ele citou os recursos empenhados até março para investimentos em rodovias, recursos hídricos, ciência e tecnologia, infraestrutura de saúde e habitação. 

“O Brasil voltou para trabalhar naquilo que deverá ser a razão de ser de todos os governos: cuidar das pessoas. O Brasil voltou para cuidar sobretudo dos brasileiros e das brasileiras que mais precisam e que nesses últimos anos foram as principais vítimas da ausência de governo neste País”, prosseguiu. “O Brasil voltou para conciliar novamente crescimento econômico com inclusão social, para reconstruir o que foi destruído e seguir adiante.”

Lula ainda reforçou a necessidade de investimentos para o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. 

“Não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataque à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e da desigualdade de renda, raça e gênero”, avaliou. “Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população.”

O presidente aproveitou para criticar a postura do Banco Central na manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

“Continuo achando que estão brincando com o País, sobretudo com o povo pobre e com os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer.”

Lula instou, por fim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a colocar em prática o programa Desenrola, com o objetivo de facilitar a renegociação de dívidas dos brasileiros.

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