Em meio a movimentações de Ceciliano, Lula diz que PT defende candidatura de Freixo no Rio

O assunto deve ser tratado durante reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, nesta quinta-feira em Brasília

O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que pretende apoiar a candidatura do deputado Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro. A afirmação de Lula vem na sequência de movimentos feitos pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano, para também ter seu nome nas urnas, o que atrapalharia uma composição nacional entre os dois partidos, que discutem formar até uma federação.

O assunto deve ser tratado durante reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, nesta quinta-feira em Brasília. Além do Rio, o PSB já externou que pretende ter candidatos em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e São Paulo.

“Nós defendemos a candidatura do Freixo no Rio de Janeiro”, afirmou Lula, durante coletiva de imprensa.

Numa sinalização ao PSB, o petista afirmou que mantém conversas no Espírito Santo, apesar da filiação do senador Fabiano Comparato ao PT, no Maranhão, embora o atual indicado seja do PSDB, e no Rio Grande do Sul.

“O PT não está fechado com as suas candidaturas. O PT tem interesse de que o PSB tem direitos, e o PT também tem direitos. Precisamos apenas afinar a viola”, disse Lula, que continuou:

“O companheiro Flavio Dino tem o candidato dele, que é o vice (Carlos Brandão), que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Tem a candidatura do Weverton (o senador Weverton Rocha, do PDT, é próximo a Lula). Então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida.


Apesar dos acenos, o PT mantém a disposição de não abrir mão da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad ao governo de São Paulo. No estado, o PSB pretendia colocar na disputa o ex-governador Márcio França.

“O PSB diz que tem o Marcio França. (Que) em algum momento se faça uma avaliação para ver quem tem mais chance. Se for o Marcio França, vamos discutir com o Marcio França. Mas eu acho, com toda a modéstia, que o PT nunca esteve tão próximo de ganhar o governo do estado como agora. E você sabe que não seria pouca coisa”.

Na semana passada, Gleisi chegou a sugerir que fossem analisados os resultados das pesquisas de intenção de voto antes de se decidir quem será o candidato. Haddad à frente de França em São Paulo, de acordo com o Datafolha divulgado em dezembro.

 

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