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Em meio a ameaças dos EUA, Lula defende a Venezuela e rechaça interferência

Sem citar Trump, o petista afirmou que presidentes de outros países não devem dar palpite sobre Caracas

Em meio a ameaças dos EUA, Lula defende a Venezuela e rechaça interferência
Em meio a ameaças dos EUA, Lula defende a Venezuela e rechaça interferência
O presidente Lula (PT). Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) defendeu nesta quinta-feira 16 a Venezuela, em meio a movimentações militares dos Estados Unidos na região. Na véspera, o presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu ter autorizado operações da CIA contra Caracas e disse que considera realizar ataques em terra contra supostos cartéis do tráfico de drogas no país.

“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela, e o Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba“, disse Lula, sem citar Trump.

O petista proferiu as declarações no ato político de abertura do 16º Congresso do PCdoB, em Brasília.

Mais cedo nesta quinta, o almirante Alvin Holsey, responsável por supervisionar os ataques dos Estados Unidos contra supostas lanchas do narcotráfico no Caribe, disse que se aposentará após apenas um ano no cargo.

Desde agosto, Washington tem mobilizado aviões de guerra furtivos e sete navios da Marinha no mar do Caribe.

As forças americanas realizaram ataques contra pelo menos cinco supostas embarcações de narcotraficantes na região, que resultaram em 27 mortos.

O aumento da presença militar dos Estados Unidos despertou temores em Caracas de que o objetivo final seja uma mudança de regime na Venezuela, com a deposição do presidente Nicolás Maduro.

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