Em evento sobre futuro político, Moro diz que decisão ‘será tomada adiante’

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) promoveu, nesta terça-feira 14, um evento para falar de seu futuro político. A decisão, porém, ficou para depois: Moro decidiu adiar a confirmação a qual cargo pretende concorrer no Paraná – após ter a sua candidatura em São Paulo barrada pela Justiça Eleitoral.

O evento contou com a presença do pré-candidato ao Planalto Luciano Bivar e da esposa do ex-juiz, Rosângela Moro, que também deixou seu ‘futuro’ em aberto, mas sinalizou que, caso opte por concorrer a um cargo público, isso será feito pelo estado de São Paulo, sem fornecer maiores detalhes.

“Há muitos questionamentos se vou ser candidato a deputado, senador ou eventualmente a governador. Mas no fundo, o meu objetivo primário, agora, é circular o Paraná, me reconectar com o povo paranaense e essa decisão vai ser tomada adiante”, anunciou Moro durante seu discurso.

O ex-juiz disse, mais adiante, que se reservou o mesmo direito de outras personalidades políticas que ainda não definiram a qual cargo pretendem concorrer. “A gente sempre gosta de um suspense. Vamos esperar as convenções para isso ser decidido”, repetiu ao ser questionado sobre quando então pretende anunciar a decisão final.

No discurso, Moro reforçou ainda a desistência, ao menos momentânea, de concorrer ao Planalto ou integrar a chapa de Bivar como candidato a vice. As opções, segundo apresentou, seriam o Senado, a Câmara Federal ou ‘eventualmente’, como classificou, o governo do Paraná.

Nos três casos, Moro terá que confrontar velhos aliados. Caso opte pelo Senado, disputará a vaga com Álvaro Dias (Podemos), seu principal padrinho político. Em uma eventual disputa pela Câmara Federal, seu principal adversário é seu parceiro de Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. Por fim, se a escolha for o Palácio Iguaçu, enfrentará nas urnas Ratinho Jr., principal cabo eleitoral do seu antigo aliado Jair Bolsonaro.

Sobre as possíveis disputas, Moro foi evasivo. A Álvaro se limitou a dizer que nenhum dos dois decidiu; já sobre Deltan, defendeu ter vaga para todos; por fim, sobre Ratinho, quem comentou foi o ex-secretário de governo do político, deputado Ney Leprevost, que destacou que irá atuar para uma composição entre os dois políticos.