Em discurso a médicos, Bolsonaro enaltece não ter se vacinado contra a Covid

Durante reunião do Conselho Federal de Medicina, o presidente criticou a CPI da Covid e a acusou de fazer interferência política na autonomia médica

Créditos: Reprodução Redes Sociais

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O presidente Jair Bolsonaro (PL), em discurso para médicos nesta quarta-feira 27, enalteceu o fato de não ter se vacinado contra a Covid-19, o que vai contra as recomendações sanitárias. A informação é do site Poder360.

“Compramos vacina para todo mundo, de forma voluntária. Nunca exigi passaporte vacinal nem cobrei nada de ninguém, até porque eu nunca me vacinei. Entendo que isso é liberdade e democracia. É um direito meu. E estou vivo até hoje”, afirmou durante participação em uma reunião do Conselho Federal de Medicina.

Além do presidente, estiveram no encontro o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente do CFM, Hiran Gallo, de quem partiu o convite.

Bolsonaro ainda fez críticas à CPI da Covid ao dizer que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão, ‘é especialista em medicina intergalática’, chamando-o, na sequência, de  “Randolfe Falafina Rodrigues”, o que atraiu risos da plateia presente. O presidente disse que a CPI contribuiu para interferência política na autonomia médica.

“Tive a experiência muito forte da interferência política na autonomia médica. O médico, no meu entender, tem que fazer de tudo para buscar salvar uma vida. A autonomia faz parte da atividade dos senhores”, declarou o presidente, que também fez menções ao Judiciário. “A pandemia foi um exemplo para todos nós de como devemos ter cada vez mais zelo com a política. Nossa vida passa pelo Parlamento, pelo Executivo e passa por outro Poder, que está legislando bastante nesses últimos 3 anos”.

Bolsonaro ainda ensaiou retomar críticas às urnas eletrônicas, mas recuou e disse: “Tudo evolui, exceto as urnas das sessões eleitorais. Precisam evoluir. Não vamos tocar nesse assunto aqui”.


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