Política

Em derrota de Bolsonaro, Câmara mantém Delegado Waldir como líder do PSL

Em racha no partido, Jair Bolsonaro queria seu filho como o líder da legenda

Em derrota de Bolsonaro, Câmara mantém Delegado Waldir como líder do PSL
Em derrota de Bolsonaro, Câmara mantém Delegado Waldir como líder do PSL
Deputado Federal Delegado Waldir. Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A ala bolsonarista do PSL sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados. A casa validou, nesta quinta-feira 17, a lista de assinaturas de deputados que querem manter o Delegado Waldir (PSL-GO) no posto de líder da bancada do partido.  A lista em apoio a  Waldir tinha 29 assinaturas.

O filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro estava concorrendo com Waldir ao posto de comando da legenda. Das três listas de assinaturas protocoladas na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, duas eram em apoio a Eduardo. Uma continha 26 assinaturas válidas e outra, 24.

Os deputados acusaram o Jair Bolsonaro de atuar pessoalmente para influir o processo. Isso porque na quarta-feira 16, a revista Época divulgou um áudio em que o presidente aparece pedindo apoio a deputados do PSL para destituir Waldir. Ele é ligado ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), e tem feito críticas públicas a Bolsonaro.

Pelas regras internas da Câmara, a escolha do líder partidário é oficializada por documento endereçado ao presidente da Casa, atualmente Rodrigo Maia (DEM-RJ). O texto deve conter a assinatura da maioria absoluta dos integrantes da sigla.

A crise entre Bolsonaro e o comando do PSL se acentuou na semana passada, quando o presidente orientou um apoiador a esquecer Bivar que, na opinião dele, está “queimado”. Bivar disse que a fala era “terminal” na relação entre Bolsonaro e o partido, ao qual o presidente é filiado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo