Política
Em carta, governadores pedem apoio contra fake news: ‘Repugnantes’
Eles demandam ações efetivas do presidente Jair Bolsonaro e dos comandantes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal
Dezesseis governadores assinaram uma carta nesta segunda-feira 29 em que pedem apoio ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário no combate às fake news, sobretudo no pior momento da pandemia no Brasil.
Segundo os gestores estaduais, a crescente onda de agressões e difusão de fake news tenta criar instabilidade institucional nos estados e no País. “Vivemos um período de emergência na saúde, e a vida de todos os brasileiros está em grave risco”, destacam os governadores.
Eles ainda protestaram contra a violação de princípios da lealdade federativa por autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional.
“Os governadores, juntamente com servidores públicos e profissionais do setor privado, estão lutando muito para garantir atendimento de saúde e apoio social à população. Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros absurdos”, diz trecho da carta.
Queremos verdade e paz. Nós, governadores, manifestamos hoje, por meio de carta pública, nossa indignação com a crescente onda de agressões e fake news que tanto desestabilizam nosso país. Os agentes públicos precisam seguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. pic.twitter.com/1usxpf6xjA
— Rui Costa (@costa_rui) March 29, 2021
O pedido de apoio contra a disseminação de informações falsas cita nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Os governadores demandam providências para coibir “tais atos ilegais e imorais”.
Os governadores dizem “precisar de paz” para prosseguir com o trabalho. “Estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre democrático”.
A carta é assinada pelos governadores: Rui Costa (Bahia), Flávio Dino (Maranhão), Helder Barbalho (Pará); Paulo Câmara (Pernambuco), João Doria (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás); Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Camilo Santana (Ceará); João Azevedo (Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo), Wellington Dias (Piauí); Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Belivaldo Chagas (Sergipe), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Waldez Góes (Amapá).
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