Em carta a Bolsonaro, governadores do Sul e Sudeste pedem ação urgente para evitar colapso econômico

Entre os pedidos está a suspensão do pagamento dos precatórios dos estados por 12 meses

O governador João Doria e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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Os governadores do Sul e Sudeste assinaram um carta endereçada ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em que solicitam ações urgentes para evitar o colapso econômico desses estados. Entre as medidas está a suspensão do pagamentos dos precatórios dos estados por 12 meses.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira 2, o governador de São Paulo, João Doria, disse que os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo também assinam o documento que pede ao governo federal “um olhar proporcional e correto aos estados dos Sul e Sudeste”, os mais atingidos pela epidemia de coronavírus no Brasil.

A carta apresenta uma série de pedidos que, segundo Doria, permite aos estados não colapsarem no período de crise causada pela pandemia mundial. Na lista está a recomposição de perdas de outras receitas além dos fundos de participação dos estados e municípios (FPE e FPM), inclusão do financiamento às empresas para o pagamento de impostos entre as alternativas a serem oferecidas pela rede bancária e aprovação de emenda constitucional com prorrogação do prazo final de quitação de precatórios e suspensão do pagamento pecuniário dos estados por 12 meses.

Doria também anunciou o aumentou da capacidade de produção de máscaras no sistema prisional para 50 mil unidades por dia. Com isso, a produção chegaria a quatro milhões de máscaras no total. Cinco unidades possuem oficinas para a confecção das máscaras: Tremembé, Tupi Paulista, Andradina, Araraquara e Itaí.

Bruno Covas anuncia vale alimentação

Na mesma coletiva, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou a distribuição de vale alimentação para 273 mil alunos da rede municipal de ensino em situação de vulnerabilidade. A cobertura atende 220 mil famílias, segundo o prefeito, e funciona como uma compensação às crianças que dependem da merenda fornecida pelas escolas. Alunos de creches receberão um auxílio de R$ 101. Para os do ensino infantil, a ajuda será de R$ 63 e no ensino fundamental o vale será de R$ 55.


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