Política
Em ato, pastor Silas Malafaia diz que Bolsonaro foi para os EUA “calado” e tenta retirar ex-presidente de trama golpista
Religioso apontou que ex-presidente, se preso, sairá da cadeia exaltado
Durante ato pró-Bolsonaro, neste domingo 25, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tentou o desassociar da trama golpista que pretendia o manter no poder.
Segundo o pastor, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, ainda antes da posse de Lula (PT), sem atacar nenhuma instituição.
No entanto, após os atos do 8 de Janeiro, do qual, não concordam, criou-se uma trama golpista envolvendo o ex-capitão.
“Bolsonaro é o maior perseguido político da história desse País”, disse.
Para ele, o ex-presidente é vítima de uma “engenharia do mal, ao arrepio da lei e da Constituição”.
Além disso, o pastor ainda apontou que os golpistas que depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília não tinha a intenção de perpetrar um golpe.
“Golpe tem arma, bomba, planejamento do mal. Uma mulher com uma bíblia que entre no Senado e sentou na mesa do presidente: golpista, 17 anos de cadeia”, disse ele.
O líder religioso, responsável financeiro pelo ato neste domingo, também afirmou que, caso seja preso, Bolsonaro sairá do cárcere exaltado pelo povo.
“Se eles te prenderem, você vai sair de lá exaltado”, declarou com voz de choro.
Malafaia ainda acusou o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal de, contrário a Constituição Federal, de manipulação política para dar plenos poderes ao ministro Alexandre de Moraes.
Pastor ainda reforçou que Bolsonaro deveria ser julgado na primeira instância, e não diante o Supremo Tribunal Federal, por não estar mais protegido pelo foro por prerrogativa de função.
Apesar de não ter mais a prerrogativa, os crimes dos quais o ex-presidente é acusado são de competência originária da Suprema Corte.
O advogado e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano comenta as possíveis consequências do discurso realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores. Confira a análise no canal de CartaCapital no YouTube.
CartaCapital
Há 29 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.
Leia também
Michelle chora e fala sobre “injustiças” contra Bolsonaro em ato na Paulista
Por CartaCapital
Ao lado de Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo diz que ato na Paulista é para pressionar STF
Por CartaCapital