O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deve avançar com a investigação sobre o caso da rachadinha de salários no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em seus tempos de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Em 2021, o foco deve ser a suspeita de lavagem de dinheiro por meio de uma loja de chocolates mantida pelo filho do presidente Jair Bolsonaro. O MP investiga se a compra de uma franquia da Kopenhagen pelo parlamentar se deu para lavar dinheiro. Os promotores suspeitam que ao menos 2,1 milhões de reais possam ter sido “legalizados” com a aquisição e a movimentação financeira da loja.
“Além dos componentes e estrutura ora descritos (na denúncia), ressalva-se a continuidade das investigações para apurar outros possíveis integrantes e/ou núcleos da organização criminosa, em especial a possibilidade da existência de eventual núcleo financeiro destinado, precipuamente, a lavar dinheiro por intermédio de ‘laranjas’ e empresas como a Bolsotini Chocolates e Café Ltda”, afirmou o MP em denúncia enviada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) em outubro.
Na ocasião, após mais de dois anos de investigação, Flávio foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso da rachadinha, protagonizado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que cumpre prisão domiciliar.
Uma das peças-chave na acusação de desvio de salários no gabinete de Flávio, sua ex-assessora Luiza Souza Paes afirmou ter repassado mais de 90% de seus ganhos no Legislativo a Queiroz.
Ao jornal O Estado de S.Paulo, pessoas familiarizadas com as investigações revelaram, ainda, que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também pode entrar na mira do MP.
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