A Eletrobras informou na última quarta-feira 12 o cancelamento do contrato com a recrutadora Taqe por questões “inadequadas” em uma prova. O teste integrava o processo seletivo para contratação de funcionários.
Uma das perguntas se referia aos motivos para a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato em 2018, referindo-se ao petista como “ex-presidente”.
As alternativas apresentadas eram: “1- por recepção de apartamento de luxo; 2 – corrupção; 3 – lavagem de dinheiro; 4 – tráfico de influência internacional; e 5 – líder de quadrilha presa na operação Lava Jato”.
A prova ainda se referia aos episódios investigados pela Lava Jato como “o maior escândalo de imagem e desvio de dinheiro da história”.
As sentenças proferidas por Sergio Moro contra Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, que atestou a suspeição do então magistrado e a incompetência da Justiça Federal de Curitiba.
A Associação dos Empregados da Eletrobras publicou nota de repúdio contra a recrutadora Taqe. “Esta pergunta [sobre a condenação de Lula] deixa clara a tendência ideológica da empresa contratada”, diz o texto divulgado.
Em nota, a Eletrobras – privatizada no ano passado – afirmou que “tomou conhecimento de que os testes envolviam questões inadequadas, o que contraria seus valores e os princípios defendidos em seus códigos e normativos, sendo uma conduta, portanto, inadmissível”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login