Política

Wellington Dias (PT) é reeleito governador no Piauí

Com a vitória nas urnas, o petista começa seu quarto mandato no governo do estado, com 55,6% dos votos

Wellington Dias (PT) é reeleito pela quarta vez no estado
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O petista Wellington Dias foi eleito mais uma vez para o governo do Piauí, com a vice Regina Sousa, também do PT e antiga companheira sindical no Sindicato dos Bancário e na CUT do Piauí. Wellington conquistou 55,6%% dos votos. Dr. Pessoa, do PS, ficou em segundo lugar, com 20,5%.

Além do PT, Wellington Dias contou com o apoio de oito partidos nesta reeleição, entre eles o MDB, PR, PP, PTB, PC do B e PDT. 

Será a quarta vez que ele ocupa o cargo. Antes disso, Dias já exerceu o cargo de 2003 a 2010. Foi reeleito em 2014. Durante seu último governo, Dias participou da redução do analfabetismo em 44%, a elevação do IDH para 0,64, considerado médio e terminou o ano de 2017 com saldo positivo de emprego.

Apesar da baixa rejeição entre o eleitorado em relação ao governador, no final de 2016, Wellington foi criticado por servidores e por integrantes de seu próprio partido. Na época, o Piauí aprovou uma emenda à Constituição do Estado que instituiu o teto de gastos públicos regional. A diferença para o projeto federal é que caso o Estado arrecade mais, o teto também cresce.

O Piauí é um dos estados mais pobres do país e o governador afirmou que a demora na recuperação da economia e a queda de repasses federais tornaram o cenário mais preocupante.

Atualmente Wellington também enfrenta as consequências da operação da Polícia Federal na Secretaria Estadual de Educação em relação à licitação no transporte escolar, a falta de recursos e questionamentos de sua oposição sobre empréstimos com a Caixa Econômica Federal.

Caso dos influenciadores digitais

Durante a corrida eleitoral deste ano, Wellington fez o Piauí entrar nos trending topics do Twitter. Isso por conta de uma suspeita de que influenciadores digitais haviam sido pagos por uma agência supostamente contratada pelo PT para fazer comentários elogiosos ao seu governo.

A polêmica foi levada a público pela jornalista e militante de esquerda Paula Holanda. Ela afirmou que foi contatada por uma agência de publicidade de Belo Horizonte, a LaJoy. Segundo ela, a agência a convidou para participar de uma ação “de militância política para a esquerda”.

Algumas postagens chamaram a atenção porque foram feitas por influenciadores do sudeste, que não tinham ligação com o Piauí. O caso foi tratado como a primeira suspeita de propaganda eleitoral ilegal na internet na campanha deste ano. Entretanto, Dias negou que sua campanha ou o partido tenha contratado influenciadores digitais.

A Lei permite que qualquer pessoa realize campanha eleitoral nas redes, mas proíbe “a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet”. A campanha pode ser feita, mas sem pagamento. O “impulsionamento” só pode nas redes sociais e uma exceção, mas só pode ser feito por perfis específicos, de partidos políticos, coligações, candidatos e apoiadores, e deixando claro que o material é patrocinado.

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